Escritor...
Semem do Papiro que no solo das letras enraizou
sois do Bambu, adubo aos ósculos da chuva fina,
a mescla do profano que o Ser sagrado batizou!
O sol que cumpre o designo de trás da escrivaninha
onde as odes ecoam descrevendo o que precipitou
O ar aquém do mar, ondulando verbos a alquimia...
Entre dedos que crispam os riscos que não hesitam
encharcar expressões das vírgulas colecionadas nos rabiscos.
Sois a lamina cortante, afiada nos vocábulos que insistem
dizer, “Escritor,” tu és o fruto da frondosa árvore dos sábios;
Impresso nos brocardos, parágrafo que a emoção assiste...
A água que empossa nas calhas dos tetos que gritam,
nas bocas abertas da noite; pelas órbitas das cidades.
Ente que sacia as mãos insones que nos astros agitam
precipitando caminhos ao templário das Deidades.
O traço peregrinado nas crateras lunares que flutuam
eqüidistantes das palavras que volitam, ateando verdades...
Escritor, a pena me resta louvá-lo, lhe dou as folhas,
e compondo esse canto ovaciono-o na abóbada
De meu céu, mimoseando a noite no espelho de bolhas
a cintilar no concretismo de te ver sorrir nas cordas
De meu trapézio a balouçar. Descrevo-o, segando falhas
Pontuando arbítrio, tu és o Mago da grafia emocionada!
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
Embaixadora Universal da Paz
Cônsul Poetas del Mundo RN, Brasil
Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN
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