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segunda-feira, 14 de julho de 2008
ANO UM EDIÇÃO DE JOÃO DE ABREU
JOÃO DE ABREU
a n o V I I I - nº 93 - J u l h o - 2 0 0 8
http://www.patrocinio_e_doacoes.blogger.com.br/index.html
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A N O U M
é c l a s s i f i c a d a p e l a U N E S C O c o m o
p r e s t a d o r a d e s e r v i ç o s c u l t u r a i s n a q u a l i d a d e d e J o r n a l.
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P o e s i a - João de Abreu Borges
Ato
Nada tenho
de que possa dizer:
"Isto é meu!"
Nada sou
de quem possa dizer:
"Este sou eu!"
Um hiato
não é um afastamento
é a confirmação absoluta
da razão última de ser
de um isolamento.
Nada digo
de que possa dizer:
"Quem disse fui eu!"
Nada sinto
do que possa dizer:
"Sem o outro, eu sou eu!"
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Lançamento Editora Urbana
ECOS DA TERRA SILENCIOSA
Jean-Pierre Barakat
VIBRAÇÕES
Há um gesto que norteia
A evolução do começo
Na revolução dos planetas
Como fases de uma lua
Que com parto crescente
Faz-se de amor cheia
A flor que a noite beija
Desfaz o seu perfume
Nos vãos do inominado
Enquanto elfos e colibris
Fazem cirandas lá fora
Na natureza que solfeja
Procuramos na brisa silente
A efervescência do nosso moto
Navegamos mundos adentro
Na rota milenar da plenitude
E chamamos de realidade
O sonho que sonhou a gente
Qual será a verdadeira natureza do silêncio? Não ousamos responder, pelo menos de imediato, a esta pergunta (...). A obra de Jean-Pierre Barakat, poeta brasileiro por adoção, árabe por naturalidade, universal por vocação e cósmico por devoção, não deixa que as perguntas cresçam indiscriminadamente. Pelo contrário, o autor é, para os mais íntimos (...), notoriamente um poeta-filósofo em busca de uma nova definição para esta condição estética.
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P r o s a - João de Abreu Borges
Questões éticogramaticais
No número anterior, um leitor, sem se apresentar e assinando "Sivio" ao invés de "Sílvio" provavelmente, através de um e-mail mal redigido e mal digitado, achou, segundo ele, um erro degradante de língua portuguesa: " 'Mim morre' é lamentável! Como alguém pode se dizer poeta cometendo um erro desses?!"
Bem, antes de mais nada, principalmente antes de deletá-lo e bloqueá-lo em minha caixa de correio, ironizei-o comentando que, se não fossem os erros do latim vulgar, as línguas neolatinas não existiriam pois, segundo as tabuinhas de Pompéia, cidade mumificada em minutos pelo vulcão Vesúvio, cerca de V a.C., um professor nessa hora trágica tentava ensinar para uma turma como se escrevia corretamente o frígido latim das academias.
Para quem não sabe, a língua portuguesa nasceu do latim vulgar e não do latim culto, o que prova que toda língua se transforma mesmo é no dia-a-dia dos seres humanos, caminhando junto com os passos que eles dão.
Fiquei apenas nisso, em minha jocosa ironia ao leitor precipitado, já que ele deu destaque a um trecho que lhe interessou (naturalmente, ele deve estar desatualizado também sexualmente... rsss...).
Depois, resolvi desabafar com uma amiga, correspondente aqui na internet, sobre a minha revolta em ver uma pessoa ignorante fazendo tanto barulho, tal como a fábula que ela mesma me lembrou da carroça que fazia muito barulho justamente proque estava vazia...
Na verdade, quando um pronome está próximo de um verbo, na primeira pessoa por exemplo, é "eu" e não "mim". Claro que "mim" não morre, "eu" morro... Acontece que o leitor, com o asco dos apressados, não percebeu que não se tratava de um pronome, ou seja, "mim" não estava ligado ao verbo morrer... "Mim" pertence à locução adverbial de lugar "em mim".
Em outras palavras, eu estou querendo dizer "Quando um sábio AQUI morre", ou "Quando um sábio morre EM MIM = DENTRO DE ALGUM LUGAR, por isso EM MIM é uma locução adverbial de lugar, porque tem duas palavras, o que caracteriza uma locução.
Seria só advérbio de lugar se fosse apenas uma palavra, tal como "AQUI"...
Então, para evitar que outras pessoas que lêem com asco ou preguiça se deixem levar para o lado traiçoeiro da língua portuguesa, eu publiquei, já depois de ter enviado algumas cartas por aqui:
"Quando EM MIM um sábio morre",
para que fique bem claro que o sujeito do verbo "morre" é a expressão "um sábio". Morre onde? "EM MIM". Por isso, um advérbio ou locução adverbial de lugar indica onde... em que lugar...
Ufa, deu pra entender? Mas no final das contas o verso acabou ficando bem melhor, já que a sonoridade de "Quando em mim [um sábio morre]" é bem melhor do que "Quando um [sábio em mim morre]", né mesmo?
Mas este rancoroso leitor nunca saberá disso, não só porque o bloqueei, mas PRINCIPALMENTE porque ele NÃO SABE, PENSA QUE SABE e deve ter ódio de quem APRENDEU A SABER... rsss...
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R e f l e x ã o - Cartola e Evandro Bóia
"Assim não dá, não dá não
Não vai dar meu irmão
É doutor presidente
Doutor secretário
Doutor tesoureiro
Só quem não é seu doutor
É aquele pretinho
Que varre o terreiro
Qem manda na bateria é uma madama
Filha de magistrado
Vai dirigir a harmonia
Me disse o compadre
Que já está combinado
Já houve lá um concurso
Pra quem bate surdo
Tamborim e pandeiro
Eu fiz tanto esfôrço
Mas acabei perdendo
Pra um engenheiro
Fiz um samba lindo
Botei no concurso
Fui desclassificado
Por hunanimidade
Disseram que os versos
Eram de pé quebrado"
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"Não é preciso correr,
apenas viver ou morrer...
tal qual no carnaval !"
João de Abreu Borges,
momentos antes de entrar na
Avenida Marquês de Sapucaí
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C a r t a s P e r d i d a s
• 17ª P a r t e •
Em 1913, um cidadão carioca encontrou, de maneira curiosa, diversas cartas perdidas de conteúdo filosófico profundo, o que o fez publicar em livro, recusando-se modestamente a assiná-lo, permitindo-se apenas a grafia "X.". Hoje, digo, há alguns anos atrás, encontramos este livro num sebo e resolvemos publicá-lo aqui no ANO UM em pequenos capítulos e preservando a grafia original da época.
Clique aqui
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H O M E N A G E M
Rádio WebVida
No dia primeiro de agosto, data natural para lançarmos a próxima edição de Ano Um, estaremos colocando no ar a Rádio WebVida, com variedades em filosofia, poesia, ciência, cultura, artes etc.
Será mais um passo que daremos rumo ao futuro, dessa vez indo mais fundo na modernidade. Daremos destaque aos sambas que estamos compondo atualmente com nossos parceiros do Movimento Samba na Fonte (localizado na Pedra do Sal, reduto pioneiro do samba orquestrado pelos estivadores que descarregavam o sal ali no porto da Praça Mauá, em fins do século XIX, cujo maior destaque foi João da Baiana), e também aos sambas que estou compondo atualmente com Rodolfo Caruso e João Monteiro, principalmente agora que vai começar a temporada de composição de sambas-enredo, atuantes que somos na ala de compositores da Império da Tijuca, a que colore de verde e branco o nosso coração carioca.
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FAÇA SEU LIVRO COM QUEM SABE O QUE FAZ E AINDA AMA O SABER !!!
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Cinelândia - RJ - CEP 20031-130
Telefone: (21) 2544-5290 - 9682-8364
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