terça-feira, 24 de março de 2009

D'LUCCA RECEBE MERECIDA HOMENAGEM NESSA 5A. FEIRA, 26/03/09 NO ESTAÇÃO DA LIRA


D'LUCCA LADEADO PELAS POETAS ROSA FIRMO A ESQUERDA E ZELMA FURTADO

Não percam nessa quinta-feira, última do mês, o já tradicionalíssimo Estação da Lira, sarau lítero musical promovido pela SPVA/RN a homenagear o ilustre artista plástico e repórter fotográfico do Diário de Natal, D' LUCCA, pela sua relevante contribuição à memória cultural da cidade em sua coluna Viagem Insólita, documentando artistas contemporâneos de áreas diversas, fortalecendo a identidade cultural papa-jerimum.
Haverá muita poesia declamada, lida, recitada, ao lado da música, de causos e informes. Uma noite para deleite.

Dia: 26/03/09

Hora: 19h

Local: Capitania das Artes

Promoção: SPVA/RN

Apoio: FUNCARTE - Biblioteca Municipal Esmeraldo Siqueira

PALESTRA SOBRE PATATIVA DO ASSARÉ

PALESTRA SOBRE PATATIVA DO ASSARÉ

PATATIVA DO ASSARÉ: PALESTRA NO CRO/RN

- Título: Vida e Obra de “Patativa do Assaré” e breve roteiro sobre a literatura cearense.
- Objetivo: Intercâmbio Literário Natal & Fortaleza em comemoração ao centenário de nascimento do poeta cearense “Patativa do Assaré”.
- Palestrante: Poeta, escritor e crítico literário Dimas Macedo – Presidente da Academia Lavrense de Letras (Lavras da Mangabeira- CE); membro da Academia Cearense de Letras; Professor-Mestre em Direito, com extenso currículo literário e profissional.
- Data: 03.04.2009 - 6ª feira - Horário: 19 horas
- Local: Auditório do Conselho Regional de Odontologia do RN – CRO/RN – Rua Cônego Leão Fernandes, 619 – Petrópolis.
- Promoção: Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN - SPVA/RN
- Apoio: CRO/RN, Fundação José Augusto, Fundação Capitania das Artes (FUNCARTE), Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores (SBDE), Departamento de Letras da Universidade Potiguar – UnP.

A ENTRADA É LIVRE

Postado por VILMACI VIANA às 11:51

PROGRAMAÇÃO DA HOMENAGEM NA FACEX ÀS POETAS POTIGUARES, POR OZANI


LOCAL HORÁRIO ATIVIDADE CONDUTOR
E DATA 19:30 SOLENIDADE DE ABERTURA
APRESENTAÇÃO DOS CONVIDADOS ALUNA NIZETE COQUEIRO - 5º PERÍODO PEDAGOGIA
PALAVRA PEDAGÓGICA PROFª DRª JACYENE ARAÚJO

19:40 MONÓLOGO ALUNA VERÔNICA - 3º PERÍODO PEDAGOGIA
19:45 HOMENAGEM A NÍZIA FLORESTA PEOFESSOR EDUARDO CORDEIRO

19:50 HOMENAGEM PROFESSORA MCS MARLUCE MEDEIROS
. 20:10 POETISA AUZÊH FREITAS

20:20 MOMENTO MUSICAL . ALUNO RENATO - 5º PERÍODO PEDAGOGIA

20:25 HOMENAGEM PROFESSORA MSC ALDA MACÊDO
20:30 POETISA ROSA REGIS

AUDITÓRIO I 20:40 MONÓLOGO ALUNA JOANA 3º PERÍODO DIREITO
20:45 HOMENAGEM PROFESSORA MSC REJANE BRITO
25/3/2009 20:50 POETISA DETH HAAK

QUARTA-FEIRA 21:00 MOMENTO MUSICAL ALUNO RENATO - 5º PERÍODO PEDAGOGIA

21:05 HOMENAGEM PROFESSORA MSC JOSENEIDE PESSOA
21:10 POETISA JÂNIA SOUZA
21:20 HOMENAGEM CRIANÇAS DO CENTRO EDUCACIONAL ATUAL

21:25 HOMENAGEM PROFESSORA DRª JACYENE ARAÚJO
21:30 POETISA ZELMA FURTADO

21:45 MOMENTO MUSICAL ALUNO RENATO - 5º PERÍODO PEDAGOGIA

PLANO DE GESTÃO CULTURAL DO MUNICÍPIO DE NATAL POR CLÁUDIA GAZOLA

24/03/2009 - 14:16
Funcarte convoca imprensa para divulgar Plano de Gestão Cultural


A prefeita da cidade do Natal, Micarla de Sousa, e o presidente da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), César Revorêdo, convidam toda a imprensa para um café da manhã na próxima quinta-feira (26/03), às 8h15min, na Galeria de Artes da Funcarte. O motivo é a divulgação do inédito Plano Municipal de Gestão Cultural de Natal, cujo objetivo é propor novas ideias para a cultura, aliadas a projetos culturais já consagrados, além de demonstrar como aplicar essas propostas nas artes cênicas, literárias, musicais e visuais. Contamos com sua presença durante a apresentação desse projeto que pretende, de maneira inovadora, fomentar e organizar cultura da cidade.

--

tudo dança
hospedado numa casa
em mudança

segunda-feira, 23 de março de 2009

SARAU ESTAÇÃO DA LIRA - EDIÇÃO DE MARÇO/09



A SPVA/RN sente-se honrada em poder convidá-lo e aos seus familiares e amigos para a edição de março/09 do Sarau Lítero Musical Estação da Lira, promovido há 11 anos e 11 meses, todas as últimas quinta-feiras de cada mês pela entidade com apoio da Biblioteca Municipal Esmeraldo Siqueira, órgão da Fundação Cultural Capitania das Artes.
Será um momento muito especial, regado à poesia e música, declamadas, lidas, cantadas, encenadas pelos presentes, nesse mês que comemorou duas vezes a poesia em toda sua plenitude, oferecendo todas as performances ao homenageado da noite, escolhido em assembléia da entidade após a Ciranda Poética que acontece todos os sábados no mesmo local.
A escolha recai sempre sobre um artista da terra que tenha ou venha contribuindo com o enriquecimento da cultura potiguar, pela sua produção, luta e resistência a todos os empecilhos que espinham a caminhada do artista e por não desistir, pamilha pedra a pedra as dificuldades que coroam a vitória cidadã dos seus ideais, sem jamais esquecer suas raízes e o compromisso com o meio ambiente e a humanidade.
Em março/09 a SPVA/RN tem a honra de homenagear no Sarau Estação da Lira ao artista plástico e repórter fotográfico D'LUCCA, por seu relevante trabalho artístico em prol do meio-ambiente decorando canteiros e praças em Natal e Nova Parnamirim com suas obras artísticas visuais, embelezando mais ainda a paisagem da cidade e incitando à reflexão pela preservação do planeta e, também, pelo seu trabalho em prol da divulgação dos artistas potiguares em sua coluna Viagem Insólita no jornal Diário de Natal, documentando os produtores de cultura da atualidade em nossa cidade, registro da memória viva.
A homenagem dar-se-á no Sarau Lítero-Musical Estação da Lira no dia 26/03/09, a partir das 19h, na Varanda da Capitania das Artes numa promoção da SPVA/RN com o apoio da Biblioteca Municipal Esmeraldo Siqueira - FUNCARTE.
Venham homenagear esse artista que homenagea com poesia visual o espaço verde e o humano da nossa cidade cotidianamente.

domingo, 22 de março de 2009

OZANI NA FACEX - HOMENAGEM ÀS ESCRITORAS POTIGUARES

Nessa quarta-feira, 25/03, a partir das 19h, dar-se-á na FACEX da Airton Sena, no Auditório II da Unidade II, homenagem às poetas potiguares (nascidas e de adoção), organizada pela aluna de Pedagogia Ozoni, que é produtora de eventos, professora e divulgadora da literatura potiguar.
A homenagem tem como referência o Dia Internacional da Mulher (08/03), o Dia Nacional da Poesia (14/03) e o Dia Internacional da Poesia (21/03).

As homenageadas

Auzêh Freitas, Deth Haak, Jania Souza, Rosa Ramos Regis, Zelma Furtado



Auzêh Freitas, Secretária da SPVA/RN e o Presidente da Fundação José Augusto, Poeta Crispiniano Neto



Poetisa dos Ventos, Deth Haak, Cônsul Poetas del Mundo RN e Embaixadora da Paz



Jania Souza fala durante entrega do Prêmio do Concurso de Literatura do SINSAUDE/RN como jurada. Sentado, Poeta Paulo Augusto, Presidente de Honra da SPVA/RN e Presidente da Comissão Julgadora do Concurso


Rosa Ramos Regis ler sua poesia durante homenagem recebida no Espaço Cultural Canto do Mangue - Rocas, Praça Por do Sol - organização do Poeta Jaécio Carlos


Zelma Furtado, Presidenta da Academia Feminina de Letras do RN e Diretora do Memorial da Mulher Potiguar - Foto do banner do Projeto Difusão da Literatura Feminina Potiguar gerido pela Poeta Flauzineide Moura

POETA LÚCIA HELENA RECEBE HOMENAGEM NA ESCOLA MUNICIPAL DALVA DE OLIVEIRA


A SPVA/RN parabeniza a Poeta Lúcia Helena que será homenageada na Escola Municipal Dalva de Oliveira. Escola com tradição no ensino da poesia potiguar, que teve em 2008, dois alunos do professor Kássio como segundo e terceiro lugares no Concurso de Poesia Poeta Janilson Dias de Oliveira 2008, realizado nas escolas do eixo norte da cidade de Natal, recebendo seus prêmios no Sarau Estação da Lira de setembro do ano passado na Galeria de Artes Newton Navarro da Capitania das Artes.
Tem-se a certeza que será uma belíssima e justa homenagem a essa poeta potiguar que muito orgulha a todos pela sua inspiração incansável, produzindo a fina flor da poesia in loco.

CONVITE

24 DE MARÇO

HOJE É O DIA MUNDIAL DA POESIA.
AMANHÃ, NA ZONA NORTE, RECEBENDO HOMENAGEM DA ESCOLA DALVA DE OLIVEIRA. SERÁ O "CHÁ DA POESIA" FEITO PARA MIM, ATRAVÉS DA PROFESSORA CYNTIA MENEZES E SEUS ALUNOS. ELES INTERPRETARÃO POEMAS MEUS.

DATA: 24 DE MARÇO
LOCAL: ESCOLA DALVA DE OLIVEIRA.
HORA: 13:30
ALGUNS DOS POEMAS A SEREM INTERPRETADOS PELOS ALUNOS - EM ANEXO.


BEIJOS.

LÚCIA HELENA

QUERO ESTRELAS BRANCAS EM MEU VÉU AZUL
Lúcia Helena Pereira

Quero estrelas brancas em meu véu azul,
Para entrar no céu, como anjo iluminado
Que se embeleza nas nuvens!

Quero estrelas douradas em meu véu de luz,
Como noiva num deserto, coberta de sol e imensidão,
Buscando oásis, palmeiras e um corcel negro.

Quero estrelas banhadas em meus rios luminosos,
Rios da infância distante,
Como o rio d´Água Azul do meu vale verdejante!

Quero estrelas de esmeraldas em meu véu-canavial,
Para enfeitar o vale onde nasci,
Entre engenhos, riachos e olheiros!

Quero estrelas feitas de sonhos, para este poema.
Que elas brilhem sobre as pequeninas palavras
E possam salvar boa parte do universo triste.

Quero estrelas, lindas, brilhantes, fulgurantes,
Apenas estrelas...solitárias ou em cortejos de luz,
Engrinaldando a coroa de brilho dos meus olhos!


Lúcia Helena Pereira
www.outraseoutras.blogspot.com
xiscada@hotmail.com

sábado, 21 de março de 2009

SPVA/RN PARTICIPAÇÃO ATIVA NAS COMEMORAÇÕES DO 14/03/09 EM NATAL/RN

Texto: Jania Souza Fotos: Vilmaci Viana



Zenildo César,Sebastião, Deth Haak, Dean Sena, Hilda Furacão, Acaci, Vivi (www.vivieventos.blogspot.com) - Poetas e Afins SPVA/RN no Café da Poesia oferecido pela Prefeitura do Natal durante as comemorações do Dia da Poesia - evento tradicional já há 30 anos, quando começou na Galeria do Povo, tendo por um dos coordenadores Eduardo Alexandre, nosso Dunga, poeta e artista plástico - foram 03 dias em que a poesia brilhou intensamente no céu de Natal - 13/03/09, abertura antecedeu o Dia 14 de Março.




Poetisa dos Ventos, Deth Haak, representa nessa foto SPVA/RN, ladeada pelos homenageados no Café da Poesia por todos os poetas e cidadãos potiguares. Nosso aplauso inconteste ao Poeta NEY LEANDRO DE CASTRO e ao Poeta VOLONTÈ.


Poetisa dos Ventos, Deth Haak, representando a SPVA/RN ao lado da Prefeita MICARLA DE SOUZA e do Presidente da Fundação Cultural Capitania das Artes, entidade da administração pública municipal, patrocinadora e organizadora do evento.


A SPVA/RN teve participação constante em todas as programações de comemoração do Dia da Poesia em Natal através de seus associados sempre presentes e atuantes.
As poetas Rosa Firmo, Do Céo e Cíntia Gushiken coordenaram as Oficinas de Poesia (12/03/09) na Biblioteca Municipal Esmeraldo Siqueira na FUNCARTE, manhã, e no Teatro Municipal Sandoval Wanderley, tarde, no bairro do Alecrim com participação em cena de Socorro Alvarenga sob patrocínio da Prefeitura Municipal de Natal, Capitania das Artes, nas gestões da Prefeita Micarla de Sousa, do artista plástico César Revorêdo (Presidente FUNCARTE) e coordenação da atriz, escritora e diretora de teatro Cláudia Magalhães (Chefe do Núcleo de Literatura da entidade pública municipal).
No dia 13/03, coordenaram recital ao lado do Poeta Plínio Sanderson que homenageou os poetas Ney Leandro de Castro e Volonté. Em seguida, houve apresentação do Poeta Acaci, antecedendo a mesa redonda, abordando "Os Novos Caminhos da Poesia Potiguar" com mediação do Poeta Lívio Oliveira e participação dos poetas: Plínio Sanderson, Eduardo Alexandre, Iara Carvalho(Currais Novos/RN), Jania Souza e Ney Leandro de Castro.
O almoço foi no Restaurante do SESC à Avenida Rio Branco a convite da Diretora Glaunice, madrinha de fundação da SPVA/RN. Participaram os poetas Pedro Grilo Neto (Presidente SPVA/RN), Ciano, Do Céo, Cintia Gushiken, Sebastião, Josenildo Brasil, Zenildo César, Deth Haak, Dean de Sena, Zé Martins, Agslene, Jania Souza, D. Salete, Hilda Furacão, Jaime Galvão e Paulo Alves (poeta paraense de visita à cidade).
O Ônibus da Poesia, coordenado por Zé Martins (declamação de poesia dentro dos ônibus coletivos urbanos e nos shopping's contou com atuação de Agslene, Zenildo César, D. Salete, Hilda Furacão, Josenildo Brasil, Sebastião, Dean de Sena, Jaime Galvão.
Jania e Deth Haak dirigiram-se a Casa do Cordel do Poeta Abaeté na Rua Vigário Bartolomeu, onde ocorreu sarau à medida que chegavam os frequentadores. Registro a presença dos poetas: Tonha Mota, Antônio Francisco - Mossoró/RN (imortal da Academia Brasileira de Poesia Popular), Deth Haak, Jania Souza; de Currais Novos/RN, Wescley Gama (Prêmio Luis Carlos Guimarães 2007 e Menção Honrosa no mesmo ano no Zila Mamede, Iara Carvalho (Prêmio Zila Mamede 2006), Luna Carvalho (Menção Honrosa no Prêmio Luis Carlos Guimarães 2008); registrou-se ainda a presença do poeta radialista Marcos Carvalho, Erick Lima (artista plástico) e do anfitrião, Erivaldo Leite de Lima, nosso poeta Abaeté.
Ao cair da tarde, apresentaram-se, dentre outros, os Poetas Elétricos, liderados pelo Poeta Carito. Grande espetáculo.
Às 19h, o Mestre José Saldanha recebeu o Título de Cidadão Natalense pelo seu trabalho pela cultura do estado, indicação do Vereador George Câmara, sugestão do ícone cultural potiguar, poeta e militante político, Mery Medeiros. A sessão da Câmara foi em sua residência, presidida pelo Vereador Hermano Morais e presença de vereadores, políticos, artistas, fãs e familiares. O ex-prefeito Carlos Eduardo fez questão de homenagear o Poeta com sua presença. Foi um momento magnífico abrindo as comemorações do Dia 14 de Março. Parabéns ao Mestre de 91 anos já homenageado no Sarau Estação da Lira promovido pela SPVA/RN.
As comemorações do dia 13/03 encerram-se no Bar Bardallo's de propriedade do agitador cultural Lula, com direito a muita poesia, irreverência e show musical do Poeta Wescley Gama e presença de grandes nomes da literatura potiguar, como: Cefas Carvalho, Rizolete Fernandes, Plínio Sanderson, Graça Faro, Plínio Faro, Geraldinho Carvalho, José Ferreira, a cantora Maristela, presença da Diretora do Museu de Arte Popular Djalma Maranhão e seu esposo, Cláudia Magalhães organizadora do evento pela Capitania das Artes, que a meia noite tocou o sino do Bardallo's saudando o nascer do 14 de Março na cidade de Natal/RN. Os poetas e afins da SPVA/RN agradecem a essa mulher dinâmica e incansável comprometida com a cultura potiguar, que brilhantemente organizou e coordenou as atividades de comemoração ao Dia da Poesia com direito a 03 dias de muita poesia para a cidade de Natal. Encerrando com a Caravana da Poesia em ônibus da prefeitura para a Praia de Ponta Negra, onde artistas desfilaram acompanhados por palhaços pernas de pau pela avenida e areia da praia, em declamação e saudação ao Dia Nacional da Poesia sob o comando do Poeta Plínio Sanderson (Presidente da SAMBA) e presença maciça da SPVA/RN (Deth Haak, Jania Souza, D. Salete, Hilda Furacão, Jaime Galvão, Zenildo César, Emmanoel Iohanan, Dean de Sena), Grupo de Dorinha Timóteo, Barroca e músicos, que incandeceram o palco montado frente ao mar com o fulgor ímpar da Senhora Poesia. Em seguida, ocorreu o show do Poeta Zé Martins, ex-presidente da SPVA/RN, seguido do espetáculo do ilustre cantor potiguar Isac Galvão.


POETA, COMPOSITOR E MÚSICO ZÉ MARTINS

A programação da Fundação José Augusto, gestão do Poeta Crispiniano Neto, contou com Alvorada na Fortaleza dos Reis Magos e declamações dos Poetas Auzeh Freitas, Dean Sena e Vilmaci Viana (Vivi), pela manhã.


VIVA 21 DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL DA POESIA
POETA AUZÊH FREITAS, PRIMEIRA SECRETÁRIA DA SPVA/RN, REPRESENTA A ENTIDADE NA ALVORADA DA POESIA NA FORTALEZA DOS REIS MAGOS, CUMPRIMENTA O POETA CRISPINIANO NETO, PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO E PROMOTOR DO EVENTO


POETAS SPVA/RN - AUZÊH FREITAS, DEAN DE SENA, VIVI VIANA - PRESENTES NA ALVORADA POÉTICA NA FORTALEZA DOS REIS MAGOS NO DIA DA POESIA

Às 11h, esses participaram do Balaio Poético no Calçadão da João Pessoa e da Feijoada no Bar da Nazaré no Beco da Lama, quando foi lançado número da Revista Preá da FJA com shows até o final da noite do Dia 14.


VIVI DECLAMA NO BALAIO DA POESIA DA PROGRAMAÇÃO DA FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO NO CALÇADÃO DA JOÃO PESSOA EM FRENTE AS LOJAS C&A


DETH HAAK, A POETISA DOS VENTOS, DECLAMA NO BALAIO DA POESIA


SECRETÁRIA DA SPVA/RN, AUZÊH FREITAS E A DEPUTADA FEDERAL FÁTIMA BEZERRA - PRESENÇAS NO BALAIO DA POESIA

Excelente a cobertura da imprensa às comemorações. Matérias em jornais escritos e falados. Entrevistas com poetas dando cor e mobilidade a grande estrela do evento.
Aplausos a imprensa natalense comprometida com a cultural e com os interesses da população. Aos repórteres e jornalistas ficam registrados os agradecimentos unânimes.
Diário de Natal; Tribuna do Norte; Jornal de Hoje; On line; TV Ponta Negra; InterTV. Yuno, Sérgio Vilar, Cefas Carvalho, nosso beijo fraterno de admiração.

A Ciranda Poética na FUNCARTE ocorreu com grande presença, mesmo estando grande parte dos seus artistas em apresentações. Mas Jania Souza ainda chegou com tempo de apresentar-se, inclusive com seus convidados: Barroca, Dorinha Timóteo e os músicos do grupo que cantaram e tocaram para a platéia presente, registro a presença ainda dos poetas: M. C. Garcia (na coordenação da Ciranda do sábado 14/03), Ciano, Nezinho, Jesuína Wanderley, Arlete Santos, Socorro Alvarenga e demais presentes.
Às 20h, parte dos presentes rumo para o show de Jessier Quirino no Beco da Lama e os demais dirigiram-se ao Espaço Canto do Mangue, Praça Por do Sol, onde se realizava o Sarau do Canto do Mangue sob coordenação do Poeta Jaécio Carlos com apoio da SPVA/RN, participação da Banda TAYO DA GATA e admiradores, que nesse 14/03/08, homenageou a estrela da poesia de cordel e filósofa ROSA RAMOS REGIS a quem debulhamos nossos aplausos, rosas e nossa admiração. Parabéns aos poetas pelo dia de luta em prol da divulgação e da reflexão da importância da poesia para a cidadania.


SPVA/RN E O CANTO DO MANGUE


POETA ROSA RAMOS REGIS


POESIAS EM QUADRO DE PVC AFIXADAS NOS QUIOSQUES DO CANTO DO MANGUE - PRAÇA DA POESIA - PROJETO DO POETA JAÉCIO CARLOS


POETA JAÉCIO CARLOS LADEADO POR VIVI E PELA DRA. ANA KÁTIA

quarta-feira, 18 de março de 2009

CADERNO VIVER DO JORNAL TRIBUNA DO NORTE COM EXCELENTE NOTÍCIA SOBRE AS COMEMORAÇÕES DO DIA DA POESIA EM NATAL PELO JORNALISTA YUNO SILVA


Café, cordel e muita poesia
14/03/2009 - Tribuna do Norte

Yuno Silva - Repórter


O dia de hoje tem um sabor especial: versos adocicados e poemas coloridos pairam sobre o frenético corre-corre nosso de cada dia. Neste sábado, pare (por alguns minutos), pense positivo e inspire-se! Sim, inspire-se pois hoje é o Dia Nacional da Poesia, criado em homenagem ao poeta baiano Castro Alves (1847-1871).

Uma das datas mais festejadas pelos artistas potiguares, a programação do Dia da Poesia em Natal – planejada pela Fundação Cultural Capitania das Artes – ganhou forma e força ontem (sexta, 13) com o lançamento dos concursos literários Othoniel Menezes (poesia) e Câmara Cascudo (prosa), durante o já tradicional café da manhã Poético.

Sob a coordenação da atriz e escritora Cláudia Magalhães, os concursos permanecem com o mesmo formato de edições anteriores: para se inscrever no Prêmio Othoniel Menezes, os interessados precisam enviar à Funcarte 40 poemas inéditos; enquanto que o Prêmio Câmara Cascudo está aberto para textos (prosa, romances) igualmente inéditos. “A grande novidade deste ano é que, além do prêmio em dinheiro, os vencedores dos concursos terão seus textos publicados pela Funcarte”, informou Magalhães. O prêmio em dinheiro será de 3 mil reais para cada categoria.

Quem esteve no lançamento foi o poeta e escritor Lívio Oliveira, vencedor do Prêmio Othoniel de Menezes em 2004. Lívio acredita que os escritores terão um estímulo a mais para participar: “A iniciativa é extremamente louvável, essencial! O escritor quer ver é seu trabalho publicado”, afirmou o poeta, que também foi mediador da mesa redonda “Os novos rumos da poesia potiguar”. O debate reuniu os poetas Ney Leandro de Castro, Plínio Sanderson, Eduardo Alexandre, Jania Souza e Iara Carvalho (poetisa de Currais Novos).

O café teve participação do cordelista José Acaci, da poetisa Deth Haak, artista Ivo Maia, repentistas, cantadores, do grupo circense Tropa Trupe e outros membros da Sociedade dos |Poetas Vivos e Afins (SPVA-RN), além de uma homenagem aos poetas Nei Leandro e Volonté. Os atores Harlane Rodrigues e Rodrigo Bico também apresentaram performance interpretando textos de Paulo Dumaresq e do cordelista Zé Saldanha, 91 anos. Não por acaso, Zé Saldanha, natural de Santana do Matos, recebeu ontem o título de cidadão natalense – homenagem proposta pelo vereador George Câmara (PcdoB).

Hoje é o dia da Fundação José Augusto botar sua programação na rua. A partir das 8h tem a alvorada poética na Fortaleza dos Reis Magos. Às 10h30 será lançado o Balaio Poético, no centro da Cidade Alta, do Calçadão da av João Pessoa até Beco da Lam.a Ao meio-dia tem feijão poético no Bar de Nazaré. Às 14h, tem show e recital e Tribuna Livre para os poetas de todas os cantos da cidade. Shows de Alcatéia Maldita, Antonio Francisco, encerrando com show de Jessier Quirino.

COBERTURA DO JORNALISTA SÉRGIO VILAR DO DIÁRIO DE NATAL AO DIA 13/03/09, COMEMORAÇÃO DO DIA 14/03 EM 02 DIAS


FOTO DE D'LUCA/DN

14/03/2009 - 09:27 | Atualizada em: 14/03/2009 às 09:27 por Sérgio Vilar

Um dia para a poesia potiguar

Se em cada esquina desta vila há um poeta, eles hão de aparecer hoje. O Dia da Poesia em Natal é celebrado como dia da independência. É quando poetas malditos e benditos vão à forra e recitam seus versos aos quatro ventos. Ganham espaço, notoriedade. São os astros do dia. Na comemoração de ontem na Capitania das Artes deram autógrafos, receberam homenagens. No corredor de entrada havia poesia de dezenas deles. Alguns esquecidos durante 364 dias do ano, como João Gualberto, Miguel Cirilo. Mas ali, recebiam as bençãos da Natal poética de Jorge Fernandes os poetas Nei Leandro de Castro e Volonté.

Até a prefeita resolveu borboletear pela casa municipal de cultura. O Sousa de Micarla não tem o ‘‘z’’ de Auta de Souza, mas a prefeita afirmou ser leitora da poesia de Drummond, Mário Quintana e do preferido Paulo Bonfim. Reconheceu também a ‘‘vida difícil dos artistas’’ e transportou o andarilho Volonté a mares antes nunca navegados: ‘‘Muitas vezes Volonté é mais reconhecido fora do Estado do que em sua própria cidade’’, como se o poeta abençoado pelo anjo torto, de quatro livros publicados de forma independente por falta de incentivo público, andasse além do Beco da Lama ou do Conjunto Cidade Satélite, onde mora.

O microfone aberto e capitaneado pelas artes ouviu recitais, cantorias e encenações teatrais de artistas que, como reconheceu a prefeita, carregam as pelejas de Ojuara no cotidiano da Jerimunlândia de Othoniel Menezes, sempre aberta às novidades do Atlântico. Tudo para o deleite de adolescentes atentos ao sarau em homenagem ao nonagenário cordelista Zé Saldanha e o poeta dramaturgo Paulo Dumaresq, encenado pelos atores Rodrigo Bico e Harlane Rodrigues, com participação do pessoal da Trope Trupe e apresentação - quase declamação - do poeta Plínio Sanderson.

Como escreveu Neil de Castro, ‘‘a dor da poesia é como navalha: sangra por segundos’’. E uma verdadeia hemorragia poética foi derramada sobre o democrático microfone da Capitania. De alunas das escolas públicas convidadas com seus poemas iniciais ao artista plástico Ivo Maia em ode a Elino Julião, mais recitação de toda qualidade de poesia, entre matuta, lírica, rimada e concreta. A brincadeira da manhã poética na Capitania foi encerrada com o poeta popular Acaci e a roda de dança e poesia dos membros da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins.

A meninada aprovou a programação. Pediu autógrafos a quem achasse diferente, com jeitão de poeta. Volonté cismou de início, mas entrou na roda e autografou cadernos de uns cinco alunos. Nei Leandro tirou fotos com outros mais e a poesia parece ter penetrado e encantado os primeiros versos de muitos deles. ‘‘Fazer poesia é difícil, mas sem rima eu consigo’’, disse Natália, 13. Volonté, também consegue. E os versos do poeta foram lembrados por Nei Leandro: ‘‘Primeiro veio o verbo; depois, os canalhas’’.

Rumos da nova poesia potiguar

Após criações, recriações e discussões metafísicas acerca da originalidade, a grande pergunta, ainda em branco, deixada na mesa de debate formada no auditório da Capitania para discutir Os novos caminhos da poesia potiguar é: o que representa o novo na poética deste Rio Grande ou nesta Natal de quarteirões multiplicados, após a famosa quadrinha de poetas e jornais em cada esquina?

Os convidados de ontem procuraram respostas plausíveis. Nei Leandro de Castro citou uma penca de poetas e ressaltou a qualidade e quantidade de poetizas em atividade, como Iracema Macedo, Marize Castro, Diva Cunha, Lisbeth Lima, Iara Carvalho, Jeane Araújo, Maíra, Ana de Santana e Jânia Souza. Esta última, também convidada da mesa, afirmou que o futuro da poesia potiguar passa pela existência, resistência, divulgação e formação de novas platéias - trabalho realizado insistentemente pelo pessoal da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins.

A curraisnovense Iara Carvalho foi enfática: ‘‘A idéia de originalidade não existe’’. E citou a tradição poética potiguar como alicerçe à poesia reinventada. ‘‘A tradição nos lega muita coisa. O presente é arquitetado com o solo do passado’’. Eduardo Alexandre, o Dunga, acrescentou à idéia: ‘‘A vanguarda se faz vanguarda na práxis’’. E ressaltou o trabalho realizado pela Galeria do Povo - força motriz para surgimento de movimentos poéticos e poetas.

O poeta Plínio Sanderson resumiu o futuro da nova poesia potiguar nas palavras do poeta Adriano de Souza: ‘‘Aos 20, o poeta era jovem promissor. Aos 30, era poeta. Aos 40, ele já era’’. Menos cético, Plínio comentou do ‘‘karma’’ de uma cidade situada na esquina do continente. ‘‘Tudo chega primeiro na Jerimunlândia e esquecemos de celebrar nossas personas. O novo na poesia ainda é Jorge Fernandes; é o Poema Processo; é Adriano de Souza quando diz que aos 40 o poeta já era’’.

Plínio lembra, saudoso: ‘‘Volonté tem saudades de quando se chegava em qualquer ponto da cidade tomando o ônibus praça ou alecrim. A cidade cresceu. O elefante já é pouco para caber a poesia potiguar. E se os limites deste Rio Grande já são poucos para tanta veia poética, os potiguares são verdadeiros desbravadores da alma, segundo Dunga: ‘‘A poesia é o desenvendamento da própria alma. Drummond escreveu isso quando afirmou: ‘Os corpos se entendem; as almas, não’. Só a poesia permite esse desevendamento’’.

Poema escrito de improviso por Nei Leandro de Castro durante a manhã de ontem e entregue à poeta Jânia Souza:

Neste dia
dedicado à poesia
eu quero dizer versos
quase perversos
aos teus ouvidos
na planície da cama.
Não, não importa
se não me amas.
Mas se tiveres ternura
meu amor se inflama.

(Nei Leandro de Castro)

DIA 14/03/09, DIA NACIONAL DA POESIA - MATÉRIA DO JORNAL DIÁRIO DE NATAL - DOIS DIAS PARA A POESIA POR JOANA LIMA


17/03/2009 - 09:07 | Atualizada em: 17/03/2009 às 09:07 por Gabriel Trigueiro

Dois dias para a poesia
Joana Lima/DN

‘‘Me perdi! exclamava o poeta potiguar Dean de Sena ao recitar um de seus trabalhos para um grupo de turistas que visitava a Fortaleza dos Reis Magos na manhã do último sábado. Dean e as poetisas Auzer Freitas e Vivi Viana escolheram o quadricentenário ponto turístico para comemorar o Dia Nacional da Poesia. Os terraços superiores, a praça nobre e até os aposentos do capitão-mor viraram cenário para a ‘‘Alvorada Poética’’, que dividiu espaço com as explicações dos guias turísticos sobre a edificação militar do século 16 e arrancou aplausos dos surpresos visitantes.

Integrantes da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte, os artistas fizeram as declamações dentro da programação da Fundação José Augusto para a data. ‘‘A Fortaleza é um cenário muito poético. As celas e as grades onde homens estiverem presos séculos atrás guardam poesias adormecida’’, arriscou Auzer Freitas. Seu colega Dean, que recitou vários poemas de sua autoria ao longo da manhã, defende que o forte vire um ponto de encontro dos poetas potiguares. ‘‘O natalenses de modo geral precisa vir mais aqui’’, opinou. ‘‘Podemos fazer um sarau poético nas noites de luar’’, propôs Vivi, que foi aplaudida com seu poema ‘‘Saudades’’. Ela lembra que a atividade da Sociedade não se restringe às datas comemorativas. ‘‘Todas as manhãs de sábado recebemos poetas novos e antigos, para mostrar seus trabalhos, conversar sobre poesia. Nesses dez anos de atuação, temos revelado muitos autores de talento, inclusive entre os mais jovens. Esse pessoal precisa de mais visibilidade para sair do anonimato’’, pediu.

Paralelamente às declamações, a velha fortaleza também recebeu uma encenação do grupo de teatro Arte Viva, formado por jovens da cidade de Santa Cruz. Aproveitando a peculiar arquitetura do lugar, os atores promoveram uma reflexão sobre a arte na sociedade contemporânea, através de um diálogo travado entre personagens que, posicionados na praça nobre, conversavam com outros que surgiam de supetão nas janelas do piso superior da fortificação.

A programação prendeu a atenção da turista Elizabeth Silva, de Goiânia, que deixou de lado o passeio guiado pela fortaleza para acompanhar e fotografar a encenação dos autores do interior do Rio Grande do Norte. ‘‘Adoro poesia e acho que a data tem de ser cada vez melhor comemorada. Já morei na cidade de Goiás, terra da poetisa Cora Coralina (1889-1985), que é um personagem muito celebrado e centro das homenagens por lá na data de hoje’’, relembra.

A gaúcha Renée Nassif também parou para ver as declamações e o espetáculo. Diferentemente de grande parte dos turistas, que vestidos em roupas de banho ‘‘tropeçavam’’ no evento e não demonstravam muita intimidade com a arte da poesia, ela sentiu-se em casa. ‘‘Gosto tanto de poesia que tenho centenas de poemas declamados no meu celular’’, comentou, fazendo questão em seguida, de mostrar uma gravação do poema ‘‘Gracias por su atención’’, do chileno Pablo Neruda, lido pelo próprio autor. A gaúcha, que também é fã do trabalho de nomes como Vinícius de Morais, Carlos Drummond de Andrade e J.G. de Araújo Jorge, acha que a poesia é um gênero cultural ainda marginalizado frente a expressões de maior divulgação, como a música e a literatura. ‘‘Lá no Rio Grande do Sul temos um grande evento anual de poesia na cidade de Passo Fundo, que já ganhou importância nacional. No Brasil inteiro a poesia tem de ser mais divulgada, até porque hoje temos um meio super poderoso para a publicação, que é a internet’’, opinou.

Cordelistas também celebram data

A programação do Dia da Poesia também teve diversos eventos no centro da cidade. O Museu Café Filho recebeu a exposição Eternos Poetas. Após a apresentação na Fortaleza dos Reis Magos, o grupo Arte Viva encenou seu trabalho no Calçadão da Rua João Pessoa. O Beco da Lama recebeu o evento Feijão Poético, o lançamento da vigésima edição da revista Preá e a entrega do Prêmio Rubens Lemos, vencido pela jornalista Hayssa Pacheco, do Diário de Natal. O evento entrou pela noite com shows e declamações dos poetas Raul, Allan Sales, Miró e Antônio Francisco e o paraibano Jessier Quirino..

Pela manhã, cordelistas de Natal e outras cidades do Nordeste reuniram-se na Casa do Cordel, administrada pelo poeta Abaeté. Os artistas não se incomodaram com o fortíssimo calor que fazia no local e comemoraram seu dia com muitas leituras. O potiguar Izaias Gomes, o Catatau, lançou seu CD ‘‘Um catatau de cordéis’’, com uma seleção de 22 textos produzidos em quatro anos de carreira. ‘‘Comecei menino a ler e gostar da poesia popular. Hoje o cordel está em ascensão e é muito valorizado, sobretudo fora do Nordeste, por incrível que pareça. Eu mesmo já participei de vários eventos no Rio de Janeiro e em São Paulo’’, explicou o professor de filosofia e sociologia, que teve suas declamações acompanhadas pelo violão do artista pernambucano Ivan Sales, que veio do Recife especialmente para prestigiar o dia dos poetas na Casa do Cordel.

Outro que compareceu foi Manoel Silva, que está comemorando 45 anos de poesia popular. ‘‘Comecei a escrever com 13 anos de idade. Publiquei meu primeiro livro em 1985. Essa união entre os autores é fundamental para divulgar a cultura do cordel e manter a tradição’’, comemorou. Já a mossoroense Sirlia Sousa de Lima aproveitou o evento para divulgar seu recém-lançado livro ‘‘Quem vai carregar o pote?’’. ‘‘Espero que a poesia popular do RN ganhe cada vez mais autores. Quero lançar mais livros em breve’’, empolga-se.

O anfitrião Erivaldo Leite de Lima, o Abaeté, espera que as novas gerações deem prosseguimento à produção. ‘‘O cordel chegou no Brasil em 1500 e é mantido até hoje’’, constata o autor de mais de 600 cordéis, entre eles o clássico ‘‘O casal que engatou no Parque Industrial’’, o mais vendido de seu catálogo, que conta uma das lendas urbanas mais famosas de Natal.

terça-feira, 17 de março de 2009

ASSIM ACONTECEU A COMEMORAÇÃO DO DIA NACIONAL DA POESIA EM NATAL COM APOIO DA FUNCARTE - BIBLIOTECA MUNICIPAL ESMERALDO SIQUEIRA


As Comemoraçoes alusivas ao Dia Nacional da Poesia acontecem dias 12, 13 e 14 de março, com homenagem aos poetas Nei Leandro de Castro e Volonté. O Evento ocorre na Capitania das Artes, no largo do Museu Djalma Maranhão, no Bar Bardallos e em Ponta Negra. A Programação inclui shows, performances, recitais, exposição da Galeria do Povo e mesa redonda com poetas potiguares renomados como Lívio Oliveira e Plínio Sanderson.O Dia Nacional da Poesia é no próximo sábado (14/03), mas a Prefeitura do Natal, através da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), começa as celebrações poéticas já nesta quinta-feira (12/03), seguindo por toda a sexta-feira e culminando na data oficial. O Dia da Poesia da Funcarte homenageia este ano os poetas Nei Leandro de Castro e Volonté.Pensando em abordar o estilo literário das mais diversas formas, desde palestras sobre o tema até performances poéticas e shows, Cláudia Magalhães, organizadora do projeto e chefe do Núcleo de Documentação e Literatura da Capitania das Artes, elaborou uma programação que durasse três dias. Outra novidade das comemorações à poesia deste ano, segundo Cláudia, é que “a programação é totalmente voltada para os artistas locais” Dias impregnados de poesia. A homenagem ao Dia da Poesia começa na quinta-feira (12/03) na Biblioteca Esmeraldo Siqueira, na Funcarte, com oficina pedagógica a fim de estimular o interesse de estudantes de escolas públicas para a literatura poética. A mesma oficina acontece às 14h no Teatro Jesiel Figueiredo. A poesia invade toda a sexta-feira (13/03), começando às 7h30 com Café Poético na Capitania das Artes, em que Harlane Rodrigues e Rodrigo Bico fazem sarau com poemas de Zé Saldanha e Paulo Dumaresq. Haverá ainda o lançamento do edital dos concursos Othoniel Menezes e Câmara Cascudo, Plínio Sanderson homenageando os poetas Nei Leandro de Castro e Volonté, show de cordel, projeto “Feijão e Poesia” no SESC e distribuição de poesias nos ônibus da cidade. No Auditório da Funcarte, será realizada uma mesa redonda sobre “Os Novos Caminhos da Poesia Potiguar”, com a participação de poetas potiguares renomados como Nei Leandro de Castro, Eduardo Alexandre, Jânia de Souza, Iara Carvalho, Plínio Sanderson e Lívio Oliveira como mediador. A programação segue das 16h às 21h no largo do Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão, onde serão realizadas performances do grupo Tropa Trupe, participação de grafiteiros, skatistas, bikes e shows com Mirabô Dantas, Poetas Elétricos, Carcará na Viagem (hip-hop), cordelista Amâncio Sobrinho, Agregados Família do Rap e uma apresentação em que o hip hop interage de improviso com o cordel. Os atores Harlane Rodrigues e Rodrigo Bico recitam textos e poesias de Eduardo Gosson, Mário César Rasec e Valério Mesquita. O poeta e agitador cultural Eduardo Alexandre, o “Dunga”, leva a exposição da Galeria do Povo ao largo do museu.Das 22h30 às 23h é a vez do Bardallos Comida e Arte, na Cidade Alta, ser o ponto de encontro poético. O show com o poeta e músico curraisnovense Wescley Gama será seguido de recitais de poesia feitos pelos grupos “Arrastão da Poesia”, “Casarão de Poesia”, Sociedade dos Poetas Vivos e Afins (SPVA), além de outros poetas presentes. A noite acaba com uma grande panela de sopa, ou melhor, com um “Sopão das Letras” oferecido aos poetas e artistas.Embora a data oficial do Dia Nacional da Poesia seja num sábado (14/03), o dia não poderia passar em branco para a Capitania das Artes. Às 14h, o grupo “Arrastão da Poesia” da Zona Norte (contadores de estórias “Era uma Vez”) sai para percorrer os principais pontos da região. Já os poetas e artistas da Zona Sul saem de forma inusitada da Funcarte, num ônibus com a faixa: “A Poesia é a Minha Praia”, percorrendo os principais pontos da cidade até Ponta Negra. Chegando na praia, a brisa do mar soprará a poesia recitada por Plínio Sanderson e embalará as performances do Grupo Tropa Trupe. A programação encerra com shows de Zé Martins e poetas da SPVA, Isaque Galvão e Igor Dantas cantando de Cartola a Romildo Soares, e muito hip hop com as bandas Estratégia e Priguissa.Serviço: O quê? Dia Nacional da PoesiaQuando? Dias 12, 13 e 14 de marçoOnde? Capitania das Artes (Av. Câmara Cascudo, 434, Cidade Alta), largo do Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão (Largo Dom Bosco, s/n, Ribeira), Bardallos Comida e Arte (Rua Gonçalves Ledo, 671, Cidade Alta) e Ponta Negra .
TEXTO ESCRITO POR LORENA GURGEL
FONTE/WWW.BECOPRESS.BLOGSPOT.COM
Postado por VILMACI VIANA às 12:32

quarta-feira, 11 de março de 2009

COMEMORAÇÃO DIA NACIONAL DE POESIA - PROGRAMAÇÃO FUNCARTE E FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO - APOIO ARTISTAS POTIGUARES




JANIA SOUZA REPASSA CONTATO NA PRAÇA DE MAYO EM BUENOS AIRES NO DIA 08/03/09 APÓS DECLAMAR DE SUA AUTORIA O POEMA ALICERCE DO MUNDO NA REUNIÃO PELOS DESAPARECIDOS ARGENTINOS EM MOVIMENTO MUITO EMOTIVO


Divulgação da Programação- Dia Nacional da Poesia 2009 *



FUNCARTE- Capitania das Artes
12/03- Quinta- feira
08h- Oficina Poética- SPVA-RN/ Público: alunos- Biblioteca Esmeraldo Siqueira- Funcarte
14h- Oficina Poética- SPVA-RN/ Público: alunos- Teatro Jesiel Figueiredo- Funcarte
19h- Confraternização Orla Sul- Grão Café

13/03
07h30- Café Poético- Funcarte com Rodrigo Bico, Zé Saldanha, Harlane, Paulo Dumaresq
09h- Lançamento do Edital- Concurso Othoniel Menezes- Homenagem aos poetas Nei Leandro de Castro e Volonté com Plínio Sanderson-Funcarte
10h- Cordelista Acaci
11h- Mesa Redonda- Auditório: Novos caminhos da Poesia Potiguar
12h- 13h30- Feijão e Poesia ( Sesc e SPVA)- Almoço no Sesc- Av. Rio Branco.
"Poesia nos Ônibus- recital e distribuição de poesias"- com a SPVA- Zé Martins e Dean.

Tarde- LARGO DO MUSEU
16h- Grafitando Poesias
Tropa Trupe- Exposição Galeria do Povo- Recital de Poesias no LARGO DO MUSEU
16h30- Recital com Eduardo Gosson, Mário César, Harlene, Rodrigo Bico, Valério Mesquita.
Shows: Mirabô Dantas, Poetas Elétricos, Carcará na Viagem, Repentistas ( Amâncio Sobrinho), Hip- Hop, Agregados Família do Rap.

Noite- Bardalos
22h30- Show com Wescley Gama
23h- Sopão das Letras- Recital de Poesia

14/03- Sábado
Intervenções Poéticas- Contadores de Histórias "Era uma vez"- Zona Norte

Ponta Negra
14h- Arrastão da Poesia com ônibus- Saída: Funcarte para Ponta Negra
16h- Zé Martins e poetas da SPVA
Tropa Trupe
17h- Show Isaque Galvão e Igor Dantas ( Cartola a Romildo Soares)
18h30- Show da Estratégia (Hip Hop) e Priguissa.


Fundação José Augusto- 14 de Março/ Sábado
08 h – Alvorada poética – Fortaleza dos Reis Magos
10 h 30 min – Lançamento do balaio poético – Calçadão da João Pessoa - Arte Viva / Santa Cruz
Beco da Lama
12 h – Feijão poético com grupo Sonorozinho – Bar de Nazaré
12 h 30 min – Lançamento da Edição nº. 20 da Revista Preá
14 h – Show e recital com Izaias Gomes
14 h 30 min - Tribuna Livre
16 h – Show com Raul (Alcatéia Maldita)
18 h – Show de Allan Sales e Miró – PE
19 h – Recital de Antonio Francisco - RN
20 h – Show de Jessier Quirino e banda.- PB


* Enviado por Cintia Gushiken - Carito dos Poetas Elétricos - Deth Haak

sábado, 7 de março de 2009

BEM AVENTURADAS - HOMENAGEM DE JANIA SOUZA AO DIA DA MULHER - 08/03/09

Bem Aventuradas
(Homenagem ao Dia da Mulher, 08/03/09, em Buenos Aires – Argentina)

por Jania Souza

Bem aventurado o ventre que povoa a terra!

Bem aventurada guerreira indomável
que com sangue e suor
transforma a face da terra.

Bem aventuradas essas mulheres
incansáveis que curam
com lágrimas com beijos com sonhos de santo e desejos
as chagas da terra cravadas em espinhos cruéis.
Bravas mulheres parideiras, companheiras
sempre amantes de seus homens
de seus filhos, de seus pais, de seu mundo
no abraço ao mar do seu oceano
profundo silente de todo seu pranto
em busca do bem maior
luz esperança na vela que sempre é nosso mundo.

Mulheres do dia a dia
seu nome jamais será desistência
persiste no amor embora durma na guerra
rega flores na cama da violência
busca paz na enxada cravada no sulco da terra
seu sol é chuva de amor nos caminhos de pedra.

Bem aventuradas são essas mulheres
conscientes ou inconscientes do seu papel
pétalas de rosas a perfumar passos inseguros
na incansável jornada de descobrir o finito
desse infinito que é nosso mundo.

segunda-feira, 2 de março de 2009

TEXTO DA SEGUNDA - EDIÇÃO CEFAS CARVALHO


CAPA DO CORDEL DE CEFAS CARVALHO COM LANÇAMENTO PARA O5/03 NA CASA DO CORDEL

Cara(o) amiga(o),



Passado o período carnavalesco este Texto da Segunda (junção de textos meus e alheios) volta à tona, bem na caixa de seu endereço eletrônico (conhecido como “imêio”). Nesta segunda, envio o seguinte:



1 – Crônica de minha autoria: “De aberrações e de (verdadeiros) monstros”. Segue em anexo foto de Raduan, citado no texto, o “homem verme”. Mais textos meus, como o recém-postado conto “O carnaval da minha dor”, em www.cefascarvalho.blogspot.com



2 – “Numa única linha de um bilhete esquecido”, belo texto de José Correia Torres Neto, que vem apresentando ótimos textos no seu blog www.potiguarando.blogspot.com



3 – “A tristeza é azul”, de Sheyla Azevedo. Mais textos dela em www.bichoesquisito.blogspot.com



Ah, um convite: no próximo dia 5, estarei lançando um cordel inédito: “As diferenças entre o homem farrista e o homem caseiro”. Na mesma ocasião, o poeta Abaeté, dono da Casa do Cordel, lançará “Patativa do Assaré”. Será na Casa do Cordel (rua Vigário Bartolomeu, centro de Natal) às 17h. Segue, a capa do cordel.



Um abraço e até a próxima segunda!



****************



De aberrações e de (verdadeiros) monstros



Cefas Carvalho



Todo cinéfilo tem uma gama de filmes que se tornam míticos de tanto que os tentamos assistir, que os procuramos, que tentamos baixá-los na internet, algumas vezes sem êxito. Na banca 7º Arte, no camelódromo do centro de Natal, encontrei totalmente por acaso um destes filmes: “Freaks”, o clássico de Tod Browning que nestas plagas tropicais ganhou o nome de “Monstros”. Nada mais errôneo. “Freaks” é um termo da língua inglesa que pode ser traduzido como “aberrações” e se refere principalmente a pessoas que são diferentes do que se chama “normal”: anões, malformados geneticamente etc. Existe inclusive uma ciência que estuda as deformações, a teratologia. Confesso que tenho um fascino por isso, e desde a adolescência coleciono informações e fotos de “freaks” (Não por acaso, “O homem elefante”, de David Lynch, foi desde os quinze anos um dos meus filmes preferidos. E Lynch é fascinado por teratologia). Bem, vamos ao filme: a trama é simples ao extremo e serve de mero pretexto para o diretor expor suas aberrações humanas na tela. Sim, os “freaks” do filme são reais. Nada de maquiagem ou efeitos especiais. O filme é de 1932, não nos esqueçamos. Não havia noções de politicamente correto no mundo e os circos com aberrações humanas eram sucesso e aceitáveis socialmente. Portanto, os “astros” do filme são anões, mulheres com microcefalia e “freaks” que fizeram história como Johnny Eck, o “homem torso”, cujo corpo terminava abaixo do umbigo; Olga, a famosa mulher barbada; e Raduan, o “homem verme”, que não tinha braços e pernas, mas ainda assim se locomovia, acendia sozinho seu cigarro (cena mostrada no filme), falava três línguas, se casou e teve filhos. Com este “elenco” recrutado nos circos, Browning fez seu filme na qual em um circo itinerante, uma ambiciosa trapezista se casa com um anão para herdar a fortuna dele e isso provoca problemas que levarão a um fim trágico. O filme foi combatido, proibido, cortado e posteriormente tido como preconceituoso e arcaico, posto que Browning teria feito o mesmo que os donos de circo: exposto os freaks como meras atrações para lidar com a morbidez e curiosidade dos espectadores. Mas, há quem discorde. Todos eles são tratados com carinho pelo roteiro e pela direção, e no frigir dos ovos o filme gera efeito similar ao causado por “O homem elefante”. Passada a estranheza inicial (inevitável, claro) nos sentimos à vontade com os freaks e logo percebemos que os monstros reais do filme são os “normais” Cleópatra (a trapezista) e o amante dela, o mau caráter Hércules. Assim como no filme de Lynch, o monstro do filme não é John Merrick, o homem elefante, mas sim o dono do circo que o explora e o agride. Na minha modesta opinião, “Freaks” acaba sendo um libelo contra o preconceito. Até mesmo na cena final, na vingança contra Cleópatra, os “freaks” são mostrados com dignidade, como gente que pode se defender e responder aos insultos e mau tratamento. Gosto de filmes que questionem os padrões pré-estabelecidos da sociedade, como o da beleza estética. Passada uma hora de filme você terá asco pela bela, alta e loira Cleopatra e terá vontade de bater papo com a anãzinha Frieda, com sua dignidade e tolerância. E perceberá que o “homem pela metade” Johnny Eck é mais alegre, educado e bom de se conviver que os outros “homens normais” do circo. Duvida? Assista o filme.





***************************

Numa única linha de um bilhete esquecido
José Correia Torres Neto

Deixo você em plena madrugada, deitada, sozinha. Encosto devagar meus lábios estreitos em tua boca encarnada, sinto o teu cheiro de tempo. Cumpro a minha missão de te abandonar em silêncio, sem choro, sem lástima, nem sequer um adeus, um afago.
Levo apenas o pouco que me pertence e esse todo de mim. Deixo alguns escritos, duas parelhas de roupas velhas, uma sandália de dedo, um livro não lido e outro sem capa. Vou sair bem cedo pela porta da frente e ainda olharei por sobre os ombros quando me perder na primeira esquina. Passarei ainda nessa rua que não é larga, não é bela, apenas antiga.
Vou te deixar dormir para que eu não seja obrigado a levantar as mãos e prender a fala.
Tenho pressa de sair desse quarto de paredes brancas e buscar os braços que se abrem em minha frente. Tenho desejo de sentir o hálito quente, ainda secreto, de encostar no corpo que me deseja, no ventre que se alarga. Quero arrastar os meus pés na incerteza das minhas felicidades, na procura daquilo que nem eu mesmo sei o que é, na vontade de errar, acertar, voltar a errar e acertar ainda mais.

Na gaveta de cabeceira, ainda entreaberta, deixo alguns trocados que não cabem em meu bolso vazio. Deixo alguns rascunhos de minha vida para que você rasgue, queime e que não deixe sobras de arrependimento, enquanto vou com a roupa do corpo, meio suada, desejosa de coloridos diferentes e com a certeza de saber escolher os melhores caminhos, mesmo que ainda sejam os caminhos errados.

Adeus!



*************************************





A TRISTEZA É AZUL



Sheyla Azevedo



Sinto saudades da chuva. E do frio que chega na madrugada. Quando criança, preferia o desenho às letras. Adorava não poder ir brincar na rua porque estava chovendo. Então eu desenhava brincadeiras no papel. Meninos brincando com pipa, meninas brincando de pular corda, amarelinha. Coloria bastante que era para constrastar com o cinza da tarde. E colocava nuvens lá em cima dos telhados. Com a chuva escondida por detrás do arco-íris. Era minha forma de prever o tempo. Um tempo que só tinha portas abertas. E a minha avó, esperando no final da tarde para me fazer cachinhos no cabelo. Vovó e os seus cachinhos no meu cabelo. Quando ela terminava, balançava-os como se fosse um prêmio: Ei, vejam o que a minha avó me deu de presentes! Exibia orgulhosa.

Atualmente, se me sobram brechas, já me contento. Esses dias não tem chovido. E é na chuva onde minhas confissões mais escorrem. Até tento fazer um pacto com o sol. Mas, por mais que tente, faz frio dentro de mim. Não tem jeito. Tenho inclinações para ser feliz compartilhando. E triste do mesmo jeito.

A mãe de uma amiga morreu. O filho de uma outra também. Tudo nesse final de semana. A primeira, se vi muito foram duas, três vezes. O segundo, vi em fotografias. Mas, impossível não me compadecer com a dor do outro. Precisei me escorar nas lembranças. Imaginar quantas vezes eu as vi sorrindo, felizes, por uma banalidade qualquer, para que pudesse suportar a idéia de que a dor delas é grande e cabe uma vida inteira lá dentro.

Viver é estar eternamente em desconfiança do até quando.Talvez fosse diferente se já soubéssemos, se já nos dessem uma pista qualquer sobre o porvir. Mas não seria a mesma coisa. Ou fatalmente viveríamos ansiosos demais por terminar. Saberíamos exatamente que palavras usar para terminar um namoro, um noivado, um casamento. Mediríamos antes mesmo de exercitar o tamanho do amor que poderíamos sentir por aquela pessoa. Viveríamos o enjôo da gravidez meses antes da concepção; nos despediríamos desde o dia em que nascemos do pôr-do-sol e dos nossos avós. Mas, como não sabemos, vivemos ansiosos em como continuar mesmo com essa desconfiança toda.

Gosto da vida. Especialmente dos amigos que ela me trouxe. Dos bem-te-vi que cantam na minha janela. E da poesia que se esconde debaixo do meu travesseiro. Mas tenho limites: uma tristeza incurável nos olhos. Grandes, eles sempre tentaram entender mundo. Mas, sobram muitas dúvidas e, vezecuando, é inevitável chorar.

Palavras tristes fazem festa dentro de mim. Por isso, estou reequilibrando meu silêncio, para que elas não consumam todo o meu olhar.


--
Cefas Carvalho