domingo, 18 de novembro de 2012

EM UMA VISITA DE DOMINGO AO POETA PEDRO PEREZ CHEGOU PIPAS

PIPAS

Jania Souza

Amo as pipas de minha infancia
pétalas de alecrim e açucena
carregam cordeis em seus sonhos
enchem-me com versos e esperança.

Em seu bailado de estrelas
soltam-se à liberdade do vento
despreocupadamente singram outros mares
sempre ao sabor do tranquilo pensamento.

Do infinito, buscam incansaveis a luz
fulgurante, que ofusca, que encanta.

Vorazes em suas belezas seguem bem adiante
para se encantarem e formarem uma só estrela
lá, onde só se respira paz e a doce ternura
de um sorriso de criança que ficou para trás.

Seu coração ansioso e tristonho, doido com a partida
não compreende ainda a ingratidão das pipas
que num voo sem retorno levaram sua alegria.



Para o poeta Pedro Luis Lópes Pérez e sua poesia, pode-se visitá-lo em:

http://poesiayvivencias.blogspot.com.br/


Claras Cometas (LIRA)



Nuestra Vida da vueltas,

y nuestros momentos son remolinos.

Imágenes envueltas

en los largos caminos,

siendo compañeros de ego y destinos.





Percepción de figuras,

elementales sobre nuestro existir.

Infancia y travesuras;

la juventud, elixir...

Madurez es el tiempo de revivir.





Como claras Cometas,

sobrevuelan oscuros nubarrones.

Las Nostalgias son grietas,

sin dejar socavones

en los Recuerdos, que son evasiones.





En una Noche oscura,

me dispongo a componer una Lira.

¡Oh!¡Bendita Locura!

El Alma ya se inspira,

y las Palabras salen con soltura.





Pedro Luis López Pérez (PL.LP)




 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

FLOR DE MANDACARU POR JANIA SOUZA

FLOR DE MANDACARU

(Jania Souza)

dançava sob as estrelas
vestida de alegria e tristeza
meu anjo sussurrava-me
românticas modinhas de amor

em seus braços dourados
abraçava notas musicais
e o céu encantava-se
com a doçura do luar
sem sentir a dor
que vem com a saudade

e das entranhas da noite
envolveu-me o manto
do perfume mais embriagador
jamais sentido por meu olfato

não lembrava os clássicos chiques
das maisons de Paris

não exalava sofisticação do Chanel No. 5
nem a doçura sutil do cobiçado J'Adore

era uma fragrancia na brisa fresca da noite
envolta em misterio de amor inconfessavel
e brotava no ar com tentáculos apaixonados

saltitante em meu devaneio
busquei encontrar a razão do encanto
esquadrinhei com o olhar todos os cantos e recantos

de repente deparei-me com a beleza exultante:
de um muro bem adiante brotava de um mandacaru
a mais formosa e perfumada de todas as flores

vestia-se de branco cetim e jogava-se sem pudor
sobre afiados espinhos dos braços do seu amor

seu êxtase foi fatal em plena noite de núpcias
desfolhou-se totalmente na sepultura do amor
ficou-me apenas a lembrança da efemeridade
do magnífico perfume que há na hora do acasalamento

da flor do mandacaru
restou apenas a triste e doce saudade
por uma breve vida com eco na minha...
rápida partida sem adeus, sem qualquer palavra
sem abraço, sem choro, sem nenhuma despedida.


FOTOS: GENTILEZA DO BLOG DA POETISA DA CAATINGA, FÁTIMA ALVES
http://vozespoeticasdacaatinga.blogspot.com.br/2012/11/cheiro-de-saudade-fatima-alves-poetisa.html?showComment=1353023824962



 

POETA RIZOLETE FERNANDES LANÇA PELA SARAU DAS LETRAS EDITORA LTDA A OBRA "COTIDIANAS" - CONHEÇA UM POUCO DA TRAJETORIA DA ESCRITORA E DADOS DO LANÇAMENTO

A Sarau das Letras Editora Ltda. tem a grata satisfação de
apresentar-lhe o livro Cotidianas, de autoria de Rizolete Fernandes.
Rizolete Fernandes já é um nome respeitado pelo seu trabalho na área
poética, com dois livros publicados: Luas Nuas (Una, 2006) e Canções
de Abril (Una, 2010), como, também, por um trabalho publicado
retratando um período da histórica luta feminina potiguar: A história
oficial omite, eu conto - Mulheres em luta no RN (Edufrn, 2004).
Rizolete Fernandes, socióloga, norte-rio-grandense de Caraúbas, reside
em Natal. Na luta por um mundo melhor, integrou-se aos movimentos
sociais; nos dias atuais, combate com a palavra escrita.
Cotidianas marca a estreia da autora no gênero crônica. Em cada
página, a prosa poética de uma escritora madura, sensível e em pleno
domínio do mister literário. A obra traz ilustrações da escritora e
artista plástica Miriam Carrilho.

Sobre a obra:
Se atentarmos bem, o livro traduz muito mais que o olhar cotidiano de
Rizolete, pois consegue sintetizar um tanto de sua trajetória de vida.
Se não, vejamos: como típica “menina do interior”, que largou a vida
provinciana para estudar na capital, Rizolete entremeia seus textos
com afetuosas lembranças.
David de Medeiros Leite
Membro da Academia Mossoroense de Letras (AMOL)


Nas conversas de calçada, Rizolete constata que há: “Uma permuta
inusitada”. Bem como, no pregão do bairro, nos gritos dos vendedores:
de feijão verde, picolé, espanador, rodo, pano de prato, vassoura,
jarro, camarão, caranguejo... O cotidiano da lida. Paisagem humana da
urbe, que Rizolete espirra. Desculpe-me, espia. Espia e
transubstancia, num corpo poético a exalar o sublime perfume das ruas
e de sua gente.
Clauder Arcanjo

Contato com a autora: (84) 3217.1452 ou (84) 9962-6813

Natal-RN, 7 de novembro de 2012

Prezado jornalista

A Sarau das Letras Editora Ltda. tem a grata satisfação de
apresentar-lhe o livro Cotidianas, de autoria de Rizolete Fernandes.
Rizolete Fernandes já é um nome respeitado pelo seu trabalho na área
poética, com dois livros publicados: Luas Nuas (Una, 2006) e Canções
de Abril (Una, 2010), como, também, por um trabalho publicado
retratando um período da histórica luta feminina potiguar: A história
oficial omite, eu conto - Mulheres em luta no RN (Edufrn, 2004).
Rizolete Fernandes, socióloga, norte-rio-grandense de Caraúbas, reside
em Natal. Na luta por um mundo melhor, integrou-se aos movimentos
sociais; nos dias atuais, combate com a palavra escrita.
Cotidianas marca a estreia da autora no gênero crônica. Em cada
página, a prosa poética de uma escritora madura, sensível e em pleno
domínio do mister literário. A obra traz ilustrações da escritora e
artista plástica Miriam Carrilho.

Sobre a obra:
Se atentarmos bem, o livro traduz muito mais que o olhar cotidiano de
Rizolete, pois consegue sintetizar um tanto de sua trajetória de vida.
Se não, vejamos: como típica “menina do interior”, que largou a vida
provinciana para estudar na capital, Rizolete entremeia seus textos
com afetuosas lembranças.
David de Medeiros Leite
Membro da Academia Mossoroense de Letras (AMOL)


Nas conversas de calçada, Rizolete constata que há: “Uma permuta
inusitada”. Bem como, no pregão do bairro, nos gritos dos vendedores:
de feijão verde, picolé, espanador, rodo, pano de prato, vassoura,
jarro, camarão, caranguejo... O cotidiano da lida. Paisagem humana da
urbe, que Rizolete espirra. Desculpe-me, espia. Espia e
transubstancia, num corpo poético a exalar o sublime perfume das ruas
e de sua gente.
Clauder Arcanjo

Contato com a autora: (84) 3217.1452 ou (84) 9962-6813

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

PAPEL EM BRANCO por Jania Souza

provavelmente
não consigo mais pensar(...)

mas, simplesmente me engano
nesse total desengano

há um papel ainda em branco
em busca de tintas
de imagens
palavras

perdido
totalmente sem rumo
dentro desse tunel escuro
que se nega completamente
e redundantemente
a permitir
a entrada da luz

é uma batalha entre titãs
tiranos e invenciveis
a todo custo
definem a conquista
do ganho supremo
para ambos

não há perdedores

só há a realização de um fio
tornado sem escândalo
na surdina em um verso
riscado a esmo
em um canto
do papel em branco

orgasmo de um sonho

simplesmente brilhante.