Pele e veludo
(Lívio Oliveira)
Lembrei-me dos dias
no quintal
em que me lambuzava
com você,
febril,
nas mangas alaranjadas,
róseas, rubras
dos meses quentes,
ancestrais.
A pele em veludo
e suave seda
se desfazia,
aos pedaços,
sob mordidas selvagens,
rudes, famintas,
buscando o sumo oculto,
sumo ácido e doce
que banhava o peito
adolescente.
Derramava-se em mim,
naquelas tardes,
o líquido leve das mangas,
escorrendo da língua
e dos lábios.
E me embevecia,
sorvendo junto,
sofregamente,
o colostro,
mel de teus seios.
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