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Venturosos, esses operários dos sonhos
Adormecem nos braços das sereias
Acordam na terra dos homens.
Mãos rudes curtidas na pesca
São doce carinho de afeto
Em horas de muita ternura!
Festa de encerramento da Semana Cultural do Sindicato dos Bancários RN na sede em Nova Parnamirim. Recinto lotado. Muitos cumprimentos, sorrisos, beijos e abraços. Reencontro dos bancários de empresas diferentes e, também, de colegas de trabalho.
Comemora-se o Dia dos Bancários. É noite e o glamour corre solto pelo imenso salão repleto de mesas ocupadas, buffet farto servido, banda animadíssima e pares bailando lindamente. Até a área da piscina e esportes encontra-se repleta com os alegres convivas batendo papos descontraídos após um dia de trabalho sempre estressante de final de mês nas agências durante o dia. Mesmo assim, a frequência bateu o record.
A bela Lúcia Margareth, aposentada da Caixa, ao lado de João Bezerra de Castro, Banco do Brasil, pedem um pouco de silêncio e iniciam o anúncio dos bancários premiados no Concurso de Literatura da Jornada Cultural de 2008. Antes de divulgar o nome do vencedor, nesse ano, adotaram a interessante prática de ler um pequeno trecho da obra classificada. O enorme salão empolga-se com palmas efusivas à medida que são revelados os ganhadores.
Encontro-me sentada com meus filhos, curtindo o agradável evento e repentinamente ouço os versos acima na voz da cerimonialista. Um toque de lucidez ou identificação atinge meu cérebro. Penso: parece com algo meu. Acordo surpresa da divagação momentânea. Pois não é que é meu mesmo! Levanto-me entre aplausos, cumprimentos e muito muito emocionada... meu Operários dos Sonhos arrebatou o Primeiro Lugar Poesia. Dirijo-me aos amigos Lúcia Margareth e João Bezerra de Castro e declamo o poema.
Ganhei um lindo troféu para recordar o feito e um cheque com a premiação monetária. Começo a acreditar que sou poeta.
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