quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

CARMINA DE LIBER PRIMUS TRADUZIDO PELO POETA HORÁCIO PAIVA

 De Horácio (Quintus Horatius Flaccus) -


Fiz uma tradução livre e quase literal da Ode 11, do Livro I (mas o latim é insuperável, sobretudo na concisão). Eis os dois textos, o original e a minha tradução:



CARMINA  -  Liber Primus


11


Tu ne quaesieres (scire nefas) quem mihi, quem tibi

finem Di dederint, Leuconoe, nec Babylonios

temptaris numeros. Vt melius quicquid erit pati!

Seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,

quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare

Thyrrhenum, sapias, vina liques et spatio brevi

Spem longam reseces. Dum loquimur, fugerit ínvida

aetas: carpe diem, quam minimum credula postero.


POEMAS – Livro I


ODE 11


Não indagues (ímpio é saber), ó Leucónoe,

qual fim reservarão, a mim ou a ti, os Deuses,

nem te prendas à numeralogia babilônia.

Melhor tudo suportares, quer te dê Júpiter muitos

invernos ou apenas este último que agora

se desfaz nos penhascos do mar Tirreno.

Sê sábia, o vinho decanta e ajusta 

a longa esperança à vida breve.

Enquanto conversamos, foge invejoso

o tempo: colhe o dia de hoje, crendo

o mínimo possível no amanhã.



- Trad. de Horácio Paiva

2 comentários:

loughna disse...
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jethit disse...
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