O pesquisador e escritor brasileiro Gutemberg Costa proferiu palestra sobre a escritora, poeta, dramaturga, ufóloga potiguar Nati Cortez, pioneira na árdua, porém prazerosa arte da escrita. Uma pessoa gentil, mãe dedicada que orgulha seus filhos como é o caso da escritora Amália Simonetti, sócia da UBERN e que participou da Coletânea de Biografias da entidade, discorrendo sobre sua mãe em belíssimo e tocante trabalho.
Gutemberg abordou o pioneirismo de Nati Cortez no cordel, ao escrever e publicar poema nesse estilo em comemoração à Copa de 1970, quando o Brasil sagrou-se campeão. Sendo a primeira mulher a produzir cordel no RN.
Ressaltou sua importância na Literatura Potiguar e a falta de valorização do seu trabalho pelos órgãos oficiais correlatos.
Jania Souza citou a luta do poeta Eduardo Gosson para conseguir seu reconhecimento a nível municipal e estadual através das leis que foram aprovadas com essa finalidade, determinando que o dia do seu nascimento, 08 de setembro, é dedicado à comemoração do Livro Infantojuvenil em Natal e no Rio Grande do Norte - Lei Nati Cortez.
O escritor Gutemberg Costa ainda comentou o interesse de Nati Cortez por ufologia, apresentando seu livro já esgotado sobre a matéria.
Ela era uma mulher fora de seu tempo. Teve 13 filhos, era dona de casa, mas introduziu seus filhos na literatura a partir da contação de histórias, quando criava histórias maravilhosas para encantar seus filhos, conforme depoimento da sua filha Amália.
Participaram do debate sobre Nati Cortez após a interessante palestra de Gutemberg Costa, os escritores João Andrade, José Ivam Pinheiro, o mediador Aluísio Azevedo Junior, curador do Festival Popular do Livro e da Literatura de Natal - FLINATAL e a escritora Jania Souza, que ressaltou a importância do pesquisador e escritor Gutemberg Costa para a memória da identidade potiguar e portanto brasileiro em todos os trabalhos abordados por ele, desde os ligados aos poetas, cordelistas, repentistas, aos antigos carnavais e ao bairro do Alecrim. Informações importantes para a preservação do legado desses artistas e da comunidade para as novas gerações.
Outros assuntos correlatos foram abordados, contudo predominou o foco sobre a importância da escritora Nati Cortez, um ser muito especial para a literatura feita no RN e para todos que a conheceram, como é o caso da arquiteta francesa e professora da UFRN Françoise e o da escritora, compositora, cantora e atriz Gina Teixeira, carioca e Presidente da Associação de Compositores do Brasil com sede no Rio de Janeiro, que declarou em evento realizado em Natal no Instituto Federal pelo Institut Cultive Suisse Brasil, presidido pela brasileira paraibana Valquíria Imperiano, radicada na Suíça, que a primeira peça, na qual participou no Rio de Janeiro, era da autoria de Nati Cortez e ficou admirada por ela não ser citada como uma importante literata do estado, uma vez que sua obra foi estudada, produzida e influenciou outras gerações pelo Brasil a fora.
Amália informa que sua mãe se correspondia com entidade literárias pelo mundo, inclusive ganhou prêmios e era associada de Academia no Exterior.
Seu filho, o jornalista Gonzaga Cortez, segundo declaração de Gutemberg Costa, convidou-o para ir a sua casa para conhecer sua mãe. E ele se encantou com Nati Cortez, pois ela tanto era Cortez no nome quanto em suas ações e gentilezas ao receber.
Aplausos à nossa Nati Cortez, que merece ser conhecida e celebrada e ao escritor Gutemberg Costa pelo resgate.
Nenhum comentário:
Postar um comentário