REFINARIA DO RIO GRANDE DO NORTE TERÁ NOME DE MULHER
Foi definido nesta manhã o nome da nova refinaria a ser oficializada nas próximas semanas no Rio Grande do Norte. Por sugestão da Governadora Wilma de Faria, a refinaria deverá ser batizada "Refinaria Potiguar Clara Camarão", em homenagem ao nome do povo do estado e também à primeira heroína brasileira: a potiguar Clara Camarão.
Índia brasileira nascida no início do século dezessete, possivelmente da nação dos Potiguar, foi catequizada por padres jesuítas na aldeia de Igapó. Casou-se com o chefe da tribo Poti, batizado como Felipe e junto a ele adotou o sobrenome Camarão – tradução exata do nome Poti.
É considerada uma das precursoras do feminismo no Brasil. Clara Camarão comandou um batalhão feminino que teve atuação decisiva na batalha ocorrida na cidade de Porto Calvo em 1637.
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Primeira heroína nacional
Conta a História que os holandeses se encontravam sitiados em Olinda, sem ter o que comer e obrigados a avançar para o litoral. A primeira aldeia era Tejecupapo, onde viviam no máximo duzentas pessoas. Buscando deter os estrangeiros, todos os homens da aldeia fizeram uma barricada na estrada e por serem em número muito inferior, foram totalmente liquidados. Ao chegar na aldeia, eis que os holandeses encontram um grupo organizado de mulheres guerreiras lideradas por Clara Camarão e são por elas derrotados.
"Armada de espada e broquel , montada a cavalo, foi vista nos conflitos mais arriscados (...) com admiração dos holandeses e aplausos dos nossos", diz Domingos Lorete. Este grupo de mulheres ficou conhecido como as Heroínas de Tejecupapo.
Pela primeira vez, uma mulher, e ainda por cima índia, era considerada heroína no Brasil. Por seus feitos corajosos, foi-lhe dado o direito de ser chamada de Dona e de, junto com seu marido, receber o hábito de Cristo concedido pelo rei Felipe IV.
A refinaria potiguar será a primeira no Brasil a ser batizada com o nome de uma mulher.
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