O poeta, escritor, editor Jaécio Carlos ao lado da Banda Tayo da Gata (composta pela velha guarda das escolas de samba Balanço do Morro e Malandros do Samba, ambas do bairro das Rocas em Natal e Seu Marcos, ex-músico sambista da Mangueira do RJ) abre a noite na Praça da Poesia dando as boas vindas aos poetas, músicos e frequentadores do Espaço Cultural Canto do Mangue para homenagear a poeta Liz. A abertura artística foi feita ao som de "Brasileirinho" que teve o aplauso de todos os presentes e empolgou as performances subsequentes na brisa de inverno morna do Cais do Mangue de Natal.
Jania Souza entusiasmadíssima com a empolgante melodia brasileira falou de sua emoção por se encontrar mais uma vez participando de tão significativo evento cultural potiguar que já fez história no cenário cultural da cidade, levando à Praça da Poesia a fina flor da produção artística da terra papa jerimum. Congratulou-se com os presentes e ofereceu sua declamação a todos e especialmente a Seu Neném Arengueiro componente da Banda Tayo da Gata. Esse poema de sua autoria foi escrito especialmente para a Praça Por do Sol, sendo um dos primeiros a serem afixados na Praça da Poesia em agosto/08, também foi primeiro lugar no Concurso Cultural de Literatura na Categoria Poesia em 2008 promovido pelo Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte.
Jania Souza entusiasmadíssima com a empolgante melodia brasileira falou de sua emoção por se encontrar mais uma vez participando de tão significativo evento cultural potiguar que já fez história no cenário cultural da cidade, levando à Praça da Poesia a fina flor da produção artística da terra papa jerimum. Congratulou-se com os presentes e ofereceu sua declamação a todos e especialmente a Seu Neném Arengueiro componente da Banda Tayo da Gata. Esse poema de sua autoria foi escrito especialmente para a Praça Por do Sol, sendo um dos primeiros a serem afixados na Praça da Poesia em agosto/08, também foi primeiro lugar no Concurso Cultural de Literatura na Categoria Poesia em 2008 promovido pelo Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte.
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OPERÁRIOS DOS SONHOS
(ao Canto do Mangue)
De criança sempre feliz
Abraço dos braços do ocaso
A boca do Potengi.
*
És Guardião das mais formosas sereias
Pétalas flutuantes sob as águas do cais
Seus dolentes corpos dourados sobre a areia
A espera dos corajosos filhos do mar.
*
Bravos, esses filhos do mar
verdadeiros operários dos sonhos
nos olhos, trazem o brilho das ondas
no coração os segredos da vida.
*
Na calada da noite fogem dos seus
em busca de pão e farinha
camuflados em redes e tarrafas
cheiro de peixe e sardinha.
Na humildade dos lares
Há vela acesa em prece
À Virgem dos Navegantes
É rogo ao bom retorno
Bênção à vida e a farta pesca.
*
As estrelas traçam a lida
*
As estrelas traçam a lida
Dos operários dos sonhos
Na volta ao cais do mangue
Pela mão da Santa Virgem.
*
Soa o canto da peixeira
Sob as vísceras da pescada
Cação, cioba, cangulo
Xaréu, serra, piaba.
*
Teu cheiro adormecido de peixe
Resvala em minhas narinas
A marinha amanhecida
dos barcos, botes, jangadas
Paridos na boca do rio (...)
*
Revela os segredos de Café, teu Filho
De todos teus filhos o mais destemido
Voz do pobre, voz do povo
Voz do trabalhador oprimido.
*
Seu bico de águia enfrentou oligarquias.
Imbatível tripé de sua luta
Honra, liberdade, justiça (...)
Alçou o mais alto de todos os vôos
Das Rocas a Presidência do Brasil.
*
Venturosos, esses operários dos sonhos
Adormecem nos braços das sereias
Acordam na terra dos homens.
*
Mãos rudes curtidas na pesca
São doce carinho de afeto
Em horas de muita ternura!
O conhecidíssimo cantor, produtor musical e apresentador de TV, Fernando Luiz encontrava-se acompanhado de sua simpática esposa Joelma e encantou ao público presente com sua belíssima voz.
Frequentadores do Espaço Cultural Canto do Mangue
O apaixonado casal curtiu a noite encantadora e Sifrônio brindou a platéia declamando belíssimo soneto francês.
Essas rosas poéticas desfilaram na Praça da Poesia
Esse grupo declarou ser a primeira visita, mas prometeram retornar por terem apreciado a programação eclética, festiva e descontraída
O gentil garçon em frente ao quiosque com poemas nas paredes.
Senhoras frequentadoras assíduas das noites culturais no Canto do Mangue.
Seu Pernambuco descansava ao lado do seu quiosque que serve um delicioso peixe com outras iguarias desde sempre no Canto do Mangue.
Poeta Josenildo Brasil, Tesoureiro da SPVA/RN fez-se presente ao evento acompanhado de cantor brega amigo, que também se apresentou.
Moradores do bairro e frequentadores assíduos das noitadas poéticas.
Sorriso de felicidade em família.
Preparo dos quitutes e bebidas na barraca.
Carinho e limpeza nas barracas de alimentos.
Se depender da simpatia, esses espetinhos estão deliciosos.
Poeta Auzêh Freitas, Secretária da SPVA/RN e auxiliar do apresentador Jaécio Carlos na Tertúlia dos Pescadores.
Declamação da poeta Auzêh Freitas.
O famoso cantor potiguar Pedrinho Mendes com seu meigo sorriso e "Linda Baby", música de sua autoria que presta homenagem na terra potiguar.
Amigos, ex-jogadores de futebol, inclusive do Vasco da Gama do RJ (regata verde), ABC e América F.C. e moradores das Rocas e bairros adjascentes, apreciando a agradável brisa cultural do Canto do Mangue.
Foram momentos repletos de alegria e comunhão com a poesia e a música tornando possível felicidade em um mundo cheio de violência e intolerância. Parabéns ao organizadores Jaécio Carlos e Wellington, empenhados em manter viva uma tradição cultural com o apoio da Banda Tayo da Gata, poetas, escritores, músicos, empreendedores da alimentação, comunidade e convidados.
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Um comentário:
Lágrimas de Areia
Lá estava ela, triste e taciturna.
Testemunha de efêmeros conflitos,
Com um olhar perdido no tempo,
Não exigia nada em troca
A não ser um pouco de atenção.
Sentia-se solitária, oca,
Os homens admiravam-na pelos seus dotes.
As crianças, em sua eterna plenitude,
Admiravam-na muito mais além...
... Mais humana!
De sua profunda melancolia
Lágrimas surgiram.
Elas não umedeceram o seu rosto,
Mas secaram o seu coração,
O poço da alma,
Aumentando cada vez mais
A sua sede.
Lá ela permaneceu; estática, paralisada!
Esperando que o vento do norte a levasse
Para bem longe dali!
O dia começou a desfalecer.
Seu coração, outrora seco e vazio,
Agora pulsava em desenfreada arritmia.
Desespero!
A maré estava subindo...
Em breve voltaria a ser o que era:
Um simples grão de areia.
Quiçá um dia levado pelo vento,
Quiçá um dia... Em um porto seguro.
Do livro (O Anjo e a Tempestade) de Agamenon Troyan
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