Fotos do Arquivo dos Direitos Humanos
Minhas tarefas de dona de casa levam-me rotineiramente, quando outras atividades concedem espaço, a espanar, varrer, lavar, cozinhar dentre outros hobbies domésticos.
Sou proibida totalmente de espanar, organizar e arrumar meus livros. Sempre que inicio a técnica de lay out, design e decoração, deparo-me com a curiosidade do leitor em mim, irresistível, desde minha infância. E sem perceber, fujo da realidade e do tempo que urge ao abrir um livro. Toda a programação de final de semana de limpeza e organização vai para o ralo. E eu, perversa, abandono as necessidades da casa, da fome, da saúde e abraço as palavras que jorram das páginas dos meus tesouros.
Acabo de parar a rotina da sobrevivência ao abraçar o encanto da obra "Poemas Guardados" do poeta e jornalista potiguar de Santana dos Matos, o grande Rubens Lemos, imortalizado pelos seus versos e atitude revolucionária durante a Ditadura Militar. Foi exilado e abraçado pelo Chile e sua poesia. Irmanando dois universos extremos em letras e tão semelhantes em sentimentos e emoções.
A poeta e editora Yasmine Lemos da 8 Editora, sua filha, folheando sua herança, encontrou preciosidades. Selecionou alguns textos e organizou-os com carinho, amor e uma dose de sensibilidade extra a presente obra com imagens de rascunhos de poemas escritos do próprio punho do autor. Ato que traz a vida o viajante de novas dimensões.
Por coincidência, ao ler sua biografia, descobri que seu aniversário de chegada ao planeta terra deu-se exatamente no dia 07 de junho de 1941. E, hoje, 06 de junho de 2015, sábado chuvoso, espreguiço-me por entre as paredes de meu lar. Delicio-me com os afazeres e seu corpo (do livro), rouba-me à programação pré-estabelecida. Minha flexibilidade muda imediatamente o rumo da minha atenção. Decido não deixar passar em brancas nuvens este momento. Sento-me frente a máquina eletrônica da escrita e parabenizo Rubens Lemos por sua existência brilhante, que fez a diferença enquanto passou nesse plano.
Um buquê de saudades felizes para sua família: Isolda, Yamine e Rubens com histórias de amor para os netos.
Poemas Guardados, Rubens Lemos, 8 Editora/RN, 2014
"Se eu morresse agora,
seria um ponto final?
Não creio.
Deixei distante uma vírgula,
minha continuação.
Além disso,
as reticências havidas
sugerem interrogação:
Parar?
Pra quê?"
Minhas tarefas de dona de casa levam-me rotineiramente, quando outras atividades concedem espaço, a espanar, varrer, lavar, cozinhar dentre outros hobbies domésticos.
Sou proibida totalmente de espanar, organizar e arrumar meus livros. Sempre que inicio a técnica de lay out, design e decoração, deparo-me com a curiosidade do leitor em mim, irresistível, desde minha infância. E sem perceber, fujo da realidade e do tempo que urge ao abrir um livro. Toda a programação de final de semana de limpeza e organização vai para o ralo. E eu, perversa, abandono as necessidades da casa, da fome, da saúde e abraço as palavras que jorram das páginas dos meus tesouros.
Acabo de parar a rotina da sobrevivência ao abraçar o encanto da obra "Poemas Guardados" do poeta e jornalista potiguar de Santana dos Matos, o grande Rubens Lemos, imortalizado pelos seus versos e atitude revolucionária durante a Ditadura Militar. Foi exilado e abraçado pelo Chile e sua poesia. Irmanando dois universos extremos em letras e tão semelhantes em sentimentos e emoções.
A poeta e editora Yasmine Lemos da 8 Editora, sua filha, folheando sua herança, encontrou preciosidades. Selecionou alguns textos e organizou-os com carinho, amor e uma dose de sensibilidade extra a presente obra com imagens de rascunhos de poemas escritos do próprio punho do autor. Ato que traz a vida o viajante de novas dimensões.
Por coincidência, ao ler sua biografia, descobri que seu aniversário de chegada ao planeta terra deu-se exatamente no dia 07 de junho de 1941. E, hoje, 06 de junho de 2015, sábado chuvoso, espreguiço-me por entre as paredes de meu lar. Delicio-me com os afazeres e seu corpo (do livro), rouba-me à programação pré-estabelecida. Minha flexibilidade muda imediatamente o rumo da minha atenção. Decido não deixar passar em brancas nuvens este momento. Sento-me frente a máquina eletrônica da escrita e parabenizo Rubens Lemos por sua existência brilhante, que fez a diferença enquanto passou nesse plano.
Um buquê de saudades felizes para sua família: Isolda, Yamine e Rubens com histórias de amor para os netos.
Poemas Guardados, Rubens Lemos, 8 Editora/RN, 2014
"Se eu morresse agora,
seria um ponto final?
Não creio.
Deixei distante uma vírgula,
minha continuação.
Além disso,
as reticências havidas
sugerem interrogação:
Parar?
Pra quê?"
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