terça-feira, 22 de novembro de 2022

PROCISSÃO NO RIO





Procissão no Rio


Por Jania Souza 


Em despedida vai-se a madrugada 

No ar há suave brisa envolvente 

No íntimo há a fragrância única

De pétalas desfolhadas das rosas

De ipês, lírios, hortências, xananas

Todas as rosas e flores do mundo sorriem

Ofertam-se...

Abrem-se em encanto e saudação 

Ao despertar dessa única e profunda 

Sensação de alma leve

Gaivota flutuante

Em voo rasante... 

É 21 de novembro... 

Veste-se alma, canta espírito eterna Gratidão 

Ao Senhor e Criador

No lirismo do Sim de Maria

Mestre da obediência humana

Sobre as ondas suaves

Do despertar do Rio

Com a carícia dos barcos, botes e pesqueiros

Carregando ao ventre a imagem da Virgem 


Porta à Salvação, só ela é 

Veículo à nova aliança com à esperança 

Chave da humildade

À aceitação da impotência humana

No trato da labuta diária, uma aventura

Constante e ininterrupta 

Em suas trilhas perigosas

Despencando em águias abismos

Roubando felicidades e alegrias 

Aos inocentes viajantes dessa galáxia perdida 

Com único sonho de encontrar

A poesia suprema escrita na essência 

Da alma pelas mãos das sábias estrelas 

Ao amanhecer em rosa a Luz verdadeira.













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