Procissão no Rio
Por Jania Souza
Em despedida vai-se a madrugada
No ar há suave brisa envolvente
No íntimo há a fragrância única
De pétalas desfolhadas das rosas
De ipês, lírios, hortências, xananas
Todas as rosas e flores do mundo sorriem
Ofertam-se...
Abrem-se em encanto e saudação
Ao despertar dessa única e profunda
Sensação de alma leve
Gaivota flutuante
Em voo rasante...
É 21 de novembro...
Veste-se alma, canta espírito eterna Gratidão
Ao Senhor e Criador
No lirismo do Sim de Maria
Mestre da obediência humana
Sobre as ondas suaves
Do despertar do Rio
Com a carícia dos barcos, botes e pesqueiros
Carregando ao ventre a imagem da Virgem
Porta à Salvação, só ela é
Veículo à nova aliança com à esperança
Chave da humildade
À aceitação da impotência humana
No trato da labuta diária, uma aventura
Constante e ininterrupta
Em suas trilhas perigosas
Despencando em águias abismos
Roubando felicidades e alegrias
Aos inocentes viajantes dessa galáxia perdida
Com único sonho de encontrar
A poesia suprema escrita na essência
Da alma pelas mãos das sábias estrelas
Ao amanhecer em rosa a Luz verdadeira.
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