domingo, 24 de abril de 2022

VOO DE UM GRILO, POEMA DA AUTORIA DE GENILDO MATEUS AO BARDO PEDRO GRILO NETO

 




Vôo de um Grilo


          Genildo Mateus


Pára Pedro, Pedro pára,

Não pára... voa nas asas do Albatroz,

Que estar sempre entre nós

Trocando, tecendo, palavras,

Como pintor que retrata

Uma moça na janela

Em uma linda aquarela

Ou numa arte abstrata.


Pára Pedro...


Sorrateiramente trilha

Na métrica e rima,

Escreve como obra prima

No traço do seu pincel

Os versos do Menestrel

O cantar de uma perdiz

Tanto mostra como diz.


Pedro Pára...


Como um canto de  liberdade

O mundo gira num momento,

Soprado pelo vento

De um quadro pintado com saudade

Maquina o trem sobre o trilho

Em um silêncio abstrato

Volvido em triunvirato

Hábil, audaz e brilho.


Pára Pedro...


Em uma noite qualquer, medita,

E diz um até breve,

Com a tinta que escreve

À bela arte invita.

Com os dedos tamborilo

O pensar de uma nova era

Alimentado na quimera

Ou simplesmente um Grilo.


Voa Grilo...

Um grilo voa...

Para eternidade...

Nenhum comentário: