Presidente SPVARN - poeta Adélia Costa, representante ALAMP - escritoras Rosa Regis, Jania Souza e Coordenador Geral Biblioteca Estadual Câmara Cascudo - jornalista Ailton Medeiros
Sessenta e sete autoras, iniciantes e já veteranas no mercado editorial foram premiadas para publicação de suas obras através da Lei Aldir Blanc em 2020, quando do benefício para a cultura por causa da pandemia da Covid-19.
Essas autoras foram convidadas pelo Coordenador Geral da Biblioteca Estadual Câmara Cascudo, jornalista Ailton Medeiros, para participar de lançamento coletivo no dia 08 de março de 2022 em homenagem ao dia de luta por voz e direitos femininos.
Na ocasião, as autoras prestaram homenagem a governadora do Rio Grande do Norte, professora Fátima Bezerra, pelo ineditismo de ser na atualidade a única governante de um estado brasileiro. Ainda pelo seu apoio ao fomento do Livro, da leitura e bibliotecas, confirmando seu posicionamento de ter proposto o projeto de lei no Senado e posteriormente sancionado na Lei n. 13.696, de 2015, que institui a Política Nacional de Leitura e Escrita como estratégia permanente para promover o livro, a leitura, a escrita e as bibliotecas de acesso público no Brasil e determinou a aplicação total dos recursos oriundos da Lei Aldir Blanc no estado.
Foi um momento de gratidão e de empoderamento feminino através da escrita, levantando a questão da violência sofrida pela mulher, inclusive na guerra que acontece no solo da Ucrânia.
A governadora fez-se presente com seu vice Antenor Roberto e demais secretários.
Às 18h30, foi iniciada a programação com música apresentada pela cantora Dani acompanhada pelo excelente músico Jubileu com nossos aplausos e admiração.
O Coordenador Geral, jornalista Ailton Medeiros deu as boas vindas aos presentes exaltando a importância da comemoração do dia de luta feminina por visibilidade e, claro, respeito de seus direitos civis em quaisquer áreas da vida humana.
O poeta Crispiniano Neto, Diretor Geral da Fundação José Augusto, parabenizou as mulheres e levantou a questão do repúdio ao desrespeito à mulher ucraniana em situação de guerra e êxodo realizada por político federal brasileiro. Reforçando a necessidade do apoio masculino à luta feminina. Citou o exemplo de Celina Guimarães Viana, a primeira eleitora do Brasil e América Latina, que votou na eleição de 1928 e fez seu registro eleitoral na cidade de Mossoró. Disse que a cidade de seu nascimento, Santo Antônio, foi fundada por uma mulher, sendo provavelmente a primeira e única no Brasil, pois ainda não encontrou informações contrárias.
A Governadora Fátima Bezerra abordou a luta feminina ressaltando o pioneirismo da mulher potiguar precursora em áreas importantes da vida social, política, profissional e a necessidade de permanecer em constante luta para não perder direitos já ganhos e alcançar novas vitórias. Lembrando os feitos de Nísia Floresta Brasileira Augusta, Alzira Soriano e Celina Guimarães a nível nacional e na América Latina. Encerrou realizando o lançamento da mais recente edição do livro de Nísia Floresta, Direito da Mulher e Injustiça dos Homens, publicado em 1832, aos 20 anos da autora e reeditado pelo seu Museu.
A poeta atriz Célia Melo, Bombom, declamou o belo e emocionante texto de uma sobrevivente do holocausto durante a Segunda Guerra Mundial e deu seu depoimento coragem e força para a Mulher.
A escritora Jania Souza foi escolhida em reunião na 6a. feira passada, para falar nesse momento em nome das MULHERES DA ALDIR. Revelou que se sentiu honrada pela atribuição. Falou da luta dessas mulheres pela publicação e divulgação de suas obras, reforçando que elas são detentoras da força da transformação humana. Que o nome escritor(a) é uma ação e não deve parar na publicação de um único livro, pois ele carrega consigo a voz da autora e do autor por onde for. Acrescentou que a falta de recursos pessoais dificulta a publicação de livros, tendo o Edital 09 - FJA/2020, possibilitado as 67 autoras publicarem suas obras, inclusive revelando novas vozes como a da poeta indígena Meryane de Oliveira da aldeia Katu. Acrescentou que foi a primeira vez que ela mesma pleiteou recursos públicos para produção de obras, pois não acreditava na ferramenta de fomento, mas que se encontra realizada pela premiação de seus dois livros. Citou a importância da jovem escritora inglesa Mary Wollstonecraft, falecida aos 38 anos, considerada a primeira feminista, que muito lutou pela sobrevivência e escreveu Vindication of the rights of women em 1.792; da importância da escritora e educadora Nísia Floresta, nascida no RN em 1.810 e do centenário da primeira romacista brasileira Maria Firmina dos Reis, nascida em 1822 no Maranhão. Todas precursoras na luta da mulher pelo reconhecimento de seus direitos e das minorias. Ressaltou a importância do RN ter na atualidade a única mulher no governo de um estado brasileiro. Lembrou que a mulher leva consigo a ternura em suas ações e decisões e que há necessidade de mais mulheres na política nacional. Reforçou a necessidade da representatividade feminina na política citando as precursoras com seus exemplos de vida e luta: a governadora Fátima Bezerra, a presidente Dilma Rousseff e a governadora Wilma de Faria, já falecida, mas que abriu o caminho para as demais por ousar vencer entre homens de forma solitária sofrendo grandes pressões. Elogiou a ponderação e a forma de governar da professora Fátima Bezerra. Encerrou convidando as autoras para juntas entregarem o símbolo da homenagem à Governadora Fátima Bezerra pelos seus feitos na luta pelo livro, leitura, escrita, bibliotecas públicas; pelo lançamento e execução do Edital 09 - Fundação José Augusto 2020 - Publicação de Livros e Revistas e por ser a única governante de estado na atualidade.
Aqui deixamos nossos aplausos à sensibilidade e compromisso da Governadora com as autoras potiguares.
Governadora Fátima Bezerra
Governadora Fátima Bezerra
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