A minha direita o poeta médico cearense e anfitrião da Caravana Helvetia, Manoel Fonsêca, autor desse inspirado poema em frente à entrada da sede do Instituto Histórico e Geográfico do Ceará, um belíssimo palacete do Século XX, ao término da visita e da doação dos livros dos escritores participantes do encontro literário de quatro dias na terra de Iracema ao acervo do Instituto. A minha esquerda, meu filho e acompanhante nessa viagem, contabilista Victor Hugo, a quem agradeço o amor e carinho à essa mãe coruja. Foram dias ricos em troca de saberes, conhecimento e muita literatura.
SOMOS POETAS DO MUNDO
(Manoel Dias da Fonsêca Neto)
Poetas do mundo somos
Da paz, os bravos guerreiros,
Da vida, os mensageiros,
Defendê-las nos propomos.
Filhos da mãe natureza,
Tão bela e tão maltratada,
Por nós será sempre amada,
Protegida com firmeza.
Armas de destruição
O Império reproduz,
As trevas odeiam luz
E plantam poluição.
O caos é filho dileto
Da ganância traiçoeira,
Mas a história é parteira,
Faz brotar um novo feto.
Nós, poetas cuidadores
Da nova humanidade,
Regamos a liberdade
Com ofício de escritores.
A palavra é nossa arma
Em forma de poesia,
Que expande a alegria
E a violência desarma.
A tinta de nossa escrita
É o sangue de nossa alma,
É chuva que molha a palma,
É o coração que se agita.
Poetas são pacifistas,
Mas lutam com galhardia,
Desconhecem a covardia
Ao enfrentar belicistas.
Do amor são os arqueiros,
Vivem com simplicidade,
Respeitam diversidade,
Da justiça, os pregoeiros.
Salve poetas do mundo,
Seus passos são uma dança,
Que semeiam a esperança
Em solo de amor profundo.
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