quarta-feira, 25 de setembro de 2019

A ALAMPEANA E PIONEIRA EM EMPODEIRAMENTO FEMININO, TEREZINHA JOSEFA DE SOUZA, RECEBEU HOMENAGEM NA CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL POR SUA ATIVA PARTICIPAÇÃO COMO LEIGA EM APOIO À ARQUIDIOCESE DE NATAL NO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RURAL E URBANA DURANTE COMEMORAÇÃO DOS 70 ANOS DE REALIZAÇÕES E RESISTÊNCIA JUNTO AO HOMEM E A MULHER EM SUAS DIVERSAS FASES HUMANA NO ESTADO DO RN - PROPOSITURA DA VEREADORA DIVANEIDE BASÍLIO COM APOIO DO VEREADOR FRANKLIN CAPISTRANO E PRESENÇA DO DEPUTADO ESTADUAL FRANCISCO. O ARCEBISPO DOM JAIME, PRESIDENTE DO ÓRGÃO DE ASSISTÊNCIA RURAL E URBANA COMPÔS A MESA AO LADO DE OUTRAS AUTORIDADES E INTEGRANTES DA ENTIDADE


Terezinha Josefa de Souza, professora formada pela Escola Normal de Mossoró, nasceu em Martins/RN, filha do Delegado de Polícia Henrique José de Souza e Maria Cândida de Souza  foi a primeira mulher a tomar posse no serviço de saúde pública federal no estado Rio Grande do Norte através de concurso público, no qual foi selecionada com louvor, sendo nomeada para o INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA PREVIDENCIÁRIA DOS COMERCIÁRIOS - IAPC, unificado com os outros institutos para o INSS, cuja assistência passou a ser realizada pelo INAMPS, sendo hoje aposentada pelo Ministério da Saúde.

Além de grande profissional da saúde, conseguiu louros em sua carreira profissional através de concursos e de cursos de especialização em Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e no Navio Hospital Escola Hope. Aposentou-se no cargo Técnico Especial em Laboratório no Ministério da Saúde. Foi muito atuante na luta pelos direitos dos servidores públicos, participando de congressos e encontros, nos quais a maior vitória foi a conquista ao direito do pagamento do décimo terceiro salário. Era chamada carinhosamente de Miss DASP pelo seu conhecimento das leis da saúde e previdência. Sua voz sempre respeitada em qualquer área em que atuava. Foi presidente do Clube da categoria.

Paralelamente, atuou como presidente do Conselho de Pais e Amigos do Colégio, atualmente Escola Estadual Winston Churchill, onde suas três filhas estudaram, quando do exercício da gestão do Professor Orneles Filgueira como diretor geral. Foi presidente da Cooperativa Habitacional dos Servidores da Previdência e participou ativamente das decisões e escolha de terreno, compra, definição de planta, construtora, distribuição das casas, fundação e contrução da igreja do Conjunto Candelária, hoje bairro, cujo nome também foi sua sugestão à época em homenagem à Nossa Senhora. Assim, integrou como presidente de cooperativa o quadro do Instituto Nacional de Cooperativas Habitacionais - INOCOOP, contribuindo com suas sugestões e trabalho para a transformação da cidade através da construção dos conjuntos habitacionais: Ponta Negra, Cidade Satélite, Conjunto dos Bancários, Pirangi e outros, resultado da política habitacional do governo federal e da articulação dos cooperativados e povo na luta por melhores moradias.

Sempre atuou junto aos pobres, excluídos, doentes e jovens. Junto com o bispo auxiliar Dom Costa, enveredou a luta pela construção da nova Catedral, integrando os grupos de trabalho e fundaram, por sua sugestão, a Pastoral da Saúde em Natal, que em seguida foi encampada a nível nacional pela CNBB, conforme depoimento do vereador Dr. Franklin Capistrano com quem atuou durante muitos anos nessa coordenadoria.

Após sua aposentadoria, dedicou-se exclusivamente a contribuir com as atividades da Diocese de Natal e com o Padre Dalmário implantaram a procissão de Nossa Senhora da Apresentação em barco no rio Potengi no dia 21 de novembro pela madrugada, ocasião em que se comemora a festa da Padroeira da cidade no local em que os pescadores trouxeram do mar a caixa com a imagem com a inscrição: "Aonde esta imagem chegar, nenhuma desgraça acontecerá".

Tetê, como é conhecida por todos, também se dedicou a cooperar com as atividades do grupo de senhoras, criado por D. Iracema Brandão, para auxiliar na manutenção dos estudantes de Teologia e ritos católicos para se tornarem padres no Seminário de São Pedro. Seu carinho e afeto pelos jovens lhe concedeu a graça de ser chamada de mãe por esses padres, diáconos e seminaristas, que tanto a satisfaz.

Trabalhou com os padres Lucas, Hudson, Agnelo e mais recentemente com Flávio e Elinelson na Matriz, primeira construção em solo potiguar, quando da chegada dos portugueses. Sempre colaborou com todas as atividades, principalmente aos domingos na missa das 17:30h, sendo articuladora da paroquia, organizando as equipes de liturgia, canto e oferta. Ministro da Eucaristia e conselheira.

Esse trabalho para Deus e ao próximo, estendeu-se para sua contribuição ao Serviço de Assistência Rural e Urbana da Arquidiocese de Natal, fundado em 1949 por grandes nomes da história potiguar no Século XX, como Dom Eugênio Sales; Dom Expedito da adutora, o homem das águas; o leigo altruísta professor Ulisses Celestino de Góis, fundador da Escola Técnica de Comércio de Natal em 1919 e outros como Dom Nivaldo Monte, Dom Heitor, Dom Matias e Dom Jaime, tendo contribuído com o Padre Sabino Gentile, com quem dividiu muitos momentos de labor com o objetivo de levar alfabetização, conhecimento de técnicas agrícolas e agropecuárias, saúde com assistência médica e medicamentos, assistência social, além de voz pela luta de seus direitos ao homem do campo, oportunizando melhoria de vida e bem estar para essa gente tão esquecida das políticas públicas.

Seu dinamismo e compromisso, engajaram-na nessa peleja social da igreja, que ela respeita e ama desde sua infância, quando as matriarcas da família deram o exemplo no trato com os negócios da igreja e na relação com Deus.

Em razão dessa ativa participação com dedicação à Arquidiocese de Natal e ao Serviço de Assistência Rural e Urbana, Tetê foi convidada para receber o Diploma Homenagem da Câmara de Vereadores de Natal em comemoração aos 70 anos de existência e resistência a todos os momentos políticos e econômicos do país, que envolvem inflação, governo novo, ditadura militar, planos econômicos, incertezas sócio, humanas e climáticas, porém continua de pé e sempre para dar apoio e conceder esperança ao homem tanto da zona rural, quanto da urbana.

Nossos parabéns pela resiliência!!!!!!

2 comentários:

Maria Aparecida disse...

Que orgulho dessa que considero minha segunda mãe, ela realmente foi uma mulher muito a frente no nosso tempo, e sempre com sua classe peculiar.

Jania Souza disse...

Concordo, minha linda querida. Beijo no coração.