sábado, 3 de janeiro de 2009

ANO NOVO, MAS O ÓDIO, A GANÂNCIA, A INTOLERÂNCIA CONTINUAM VELHOS, IRRESPONSÁVEIS, NOJENTOS, INUMANOS, IRRACIONAIS, PREDATÓRIOS



Na guerra, no ódio, ninguém tem razão. O poder, a supremacia ignoram os fracos e semeiam campos com sangue. Não há lógica em um camundongo atiçar a ira de um leão. A sabedoria reside na boa convivência. Os fortes aproveitam a fraqueza dos seus inimigos e benefeciam-se ao aumentar seus lucros. O futuro dirá qual é a real verdade do ontem e do hoje.
Aos pacíficos cabe o destino de acender a luz da tolerância e compreensão sem jamais perder a esperança, embora a paz pareça totalmente impossível em uma sociedade tão egoista.
Jania Souza

Fotos da Folha Online




O Leão e o Rato

Jania Souza

baladeira enfrenta tanque
na desdita humana
os coturnos alemães
calçam os pés judeus
em sua posse sangrenta
na gazela indomável
perdida sob o infértil
deserto de areia
sem qualquer piedade.



Intolerância Semita

Jania Souza

Portas rangem na surdina...
Escondem aos canhões
Os filhos da escrava triste
Servil ao Senhor Abraão!

No preto da noite enlutada
Esgueira-se nebulosa dantesca (...)
Lembrança da vil Auschwitz
Nos rituais de extermínio semita
Quando milhares de sinagogas
Sucumbiram nas garras nazistas.

As vítimas hoje são algozes
Dos meio irmãos bíblicos.
Por causa de falácia política
Violou-se a prostituta apocalíptica
Sulco à carne da terra prometida...

Cobriu-se corpos de púrpura
Ao som de iradas trombetas.
Destronaram o povo palestino
Com cânticos de liberdade.

A Pátria Mãe perdida...
Prisioneira em seu próprio chão
A ouvir impotente as dores
Os queixumes, os lamentos
Do anjo samaritano
Crucificado nos campos de reclusão.

- Ó Israel! Pai de todas as nações
Por que não consegues conviver
Com teus irmãos de chão?!...

A lagarta rasteja esmagando
Um grito doído, abafado, surdo
De um povo marcado e exilado
Sob o chão que lhe deu vida.

Cânticos de dor
De cidadania ferida.
Dilacerada, destruída
Sai do peito oprimido
Dos filhos da Palestina.

Seus lamentos perdem-se ao vento (...)
Sua dignidade partida, tripudiada, ofendida
Jaz no caminho pedregoso
Dos intolerantes. Arrogantes. Inimigos da paz!
Mistura-se ao lamaçal do sangue dos irmãos.

Os espinhos da Santa Cruz
Ainda sangram no calvário
Confundem-se com o drama
Vivenciado na cruz do holocausto.

As flores e as estrelas foram sepultadas
Na aridez dessa terra seca sem alma
Num mar de incompreensão mergulhada.

Onde está o brio dessa terra ferida
Sepultada na própria soberania;
Que reivindica a ressurreição
Do Estado Palestino
Que, ainda, não teve direito à vida?

Sharon! Sharon! Sharon!
Shalom! Shalom! Shalom!

Sharon! Sharon! Sharon!
Shalom! Shalom! Shalom!

Um comentário:

Anônimo disse...

Bravo! Bravo!
Bravo Jania

Estou te aplaudindo de pé no silêncio do meu coração.
Quanta sabedoria!

Vamos divulgar por todos os cantos o teu protesto.
Bjs
Rosa Firmo