quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

LANÇAMENTO DO LIVRO "CARTAS PARA ELAS"




LANÇAMENTO DO LIVRO "CARTAS PARA ELAS" DE RODRIGO RODRIGUES - 06/12/2008


Atualmente, os meios de comunicação estão veiculando uma propaganda que nos convida a adotar um estudante, doando livros, ensinado, auxiliando no que for necessário na sua educação. Ao meu ver, parece-me uma idéia muito interessante, digo interessante porque desde muito tempo tenho adotado esse mesmo comportamento, isto é, muito antes dessa idéia ser propagada. Rodrigo Rodrigues pode ser considerado um bom exemplo dessa realidade de agora.

Não me lembro, aliás, nunca existiu alguém que me desse de presente um livro, no dia do meu aniversário, quando criança. Porém, não me restou dúvida e até intencionalmente de presentear Rodrigo Rodrigues com um livro, no dia do seu aniversário; não me lembro se foi aos seus 10 ou 12 anos de idade, mas lembro que o livro foi de poesias do poeta romântico, maranhense, Gonçalves Dias.

E não fiquem surpresos não, porque Rodrigo, aos 12 anos, já publicava o seu primeiro livro de poesia intitulado CAROLINA. Se este país valorizasse realmente a educação como prioridade, certamente Rodrigo não precisaria mais viver a mercê de qualquer trabalho por aí, a sofrer os abusos de patrões inescrupulosos que fingem não conhecer as leis trabalhistas, e hoje Rodrigo poderia ser considerado um dos poetas, se não o bem mais pago, mas ao menos, estaria vivendo da venda de seus próprios livros pelo país ou pelo mundo afora. Se as escolas ainda não assumiram a postura de incentivo à leitura, pais, dirigentes, nós professores teríamos de valorizar essa prática, incentivando jovens e alunos a lerem e a produzirem os seus próprios textos, suas historinhas, ou seus diários, como eram comuns no passado as meninas relatarem seus pensamentos e primeiros versinhos, ou seja, mesmo sabendo que o país hipocritamente se diz estar evoluindo contra o analfabetismo.

Ser poeta, escritor, cantor, ator, músico, artista em geral, em nosso país não é uma tarefa muito fácil de exercer, primeiramente por causa dos preconceitos de nossos próprios familiares e depois do próprio país que não desenvolve nenhuma política voltada diretamente para essa classe, se podemos denominar de classe, na maioria das vezes, esses são autônomos e carregam um fardo muito pesado para sobreviverem, ou senão, na sua grande maioria esses são geralmente funcionários públicos (Embaixador, Agente Administrativo, Juiz, Militar, etc.) que se dizem escritores, poetas, cronistas não por serem em ofício, mas por hobby ou puro diletantismo, são muitos exemplos, tais como, Carlos Drmmond, Vinícius de Moraes, João Cabral de Melo Neto e tantos outros.

Todavia, não há razão para desestímulo, posto que, esse é o momento, o aqui e agora de glória e reconhecimento junto a todos vocês que vêm prestigiar e quebrar com aquilo que os homens importantes têm medo de investir porque sabem que isso pode ser uma grande ameaça para o seu frágil poder, que é justamente o de investir na educação, no conhecimento e acima de tudo na capacidade intelectual do indivíduo, ou seja, do nosso pensar, do nosso refutar, e sabe-se que na hora da critica, e de se expressar o que realmente sentimos do fundo da nossa alma, da nossa consciência, os deixamos vulneráveis e ameaçamos o seu efêmero reinado; tão certo isso, que não é à toa, que a primeira atitude dos tiranos é cecear a Liberdade de Expressão do POETA.

Para encerra leio agora, a Carta Lírica, n° 22, do jovem poeta Rodrigo Rodrigues que diz: Não tenho mais rimas, meus poemas são versos livres; livres para voar, para habitar corações apaixonados, corações dilacerados. Sou livre como um livro, viajo igual a uma imaginação. O meu "escrevedor" de palavras é velho, mas o meu sentimento poético apaixonado se renova a cada dia de minha vida.

M. C. Garcia

Nenhum comentário: