Canto das ondas
Jania Souza
Cantam cantam cantam
Cantam as ondas do mar
São sereias no cio
Em busca de amares
Tocam com carícias
Pedras e homens
Apagam memórias
Desbravam sentidos
Há na imensidão
Revelação de paixão
Nascente quer poente
Da ponte suspensa
Sobre a boca do rio
São murmúrios
Acalento
Atabaques
Tambores
Canhões
Lamentos nas masmorras
André de Albuquerque
Suplica clemência
Eternas são as ondas
Cantam sortilégios
Acordam vozes adormecidas
Na porta que range
Tempo perdido
Atração ao desconhecido
Sensual é a canção
Das sereias no cio
Travestidas de ondas
Na busca de amares
No forte, na praia
No céu, no ar
Em toda cidade de Natal. (*)
(*) Esse poema começou a incomodar-me durante a travessia da passarela, que conduz as pessoas sobre o mar até à Fortaleza dos Reis Magos, ontem, 25/12/2021 e acordou-me hoje até tomar corpo e voar independente da minha mente para saudar os 422 anos de Natal. Espero que apreciem. Feliz Natal em Natal!
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