terça-feira, 29 de setembro de 2020

FETO, POEMA DE JANIA SOUZA

Feto


Jania Souza


Já se foi o dia de ontem

no barco da noite

tangido em acalantos

à vela da lua


A madrugada sem timidez

abre seu peito sem pudor

num aconchego à poesia


O orvalho em sua sensibilidade

abre com cautela o casulo

em que dorme a aurora

ainda feto

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