sexta-feira, 27 de abril de 2018

ESCOLA ESTADUAL WINSTON CHURCHILL – 50 ANOS DE REALIZAÇÕES E VITÓRIAS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA - DEPOIMENTO DE JANIA SOUZA




 HOMENAGEM AOS MESTRES

 ATO ECUMÊNICO
 MÁRCIA, PRIMEIRA NA SEGUNDA FILA, MINHA PROFESSORA DE HISTÓRIA E RENAN, SEGUNDO NA PRIMEIRA FILA, MEU PROFESSOR DE FÍSICA, HOJE DOUTOR E PHD, ASTRÔNOMO CONHECIDO MUNDIALMENTE
 MESA DOS 50 ANOS DA ESCOLA ESTADUAL WINSTON CHURCHILL PRESIDIDA PELA SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E CULTURA PROFESSORA CLÁUDIA SANTA ROSA


 UDIMAR ENTREGA PLACA AO PROFESSOR RENAN
 ARTISTA PLÁSTICA E POETA SOCORRO EVANGELISTA RECEBE HOMENAGEM IN MEMORIAM PARA SEU MARIDO PROF GERALDO EVANGELISTA LUCAS
 VICE DIRETORA EM SUA FUNDAÇÃO DIONE MARQUES
 PROFESSORA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ODETE RECEBE SUA COMENDA

 ESCRITORA E PROFESSORA DA E E WINSTON CHURCHILL, ROSA RAMOS REGIS
 ESCRITORA E PROFESSORA ENEIDA LÊ SEU DEPOIMENTO
 ROSA REGIS COM A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO CLÁUDIA SANTA ROSA
 E COM O CÔNEGO ZÉ MÁRIO

DOAÇÃO DOS MEUS RECENTES LIVROS "EM HORAS VAGAS" E "VOO NAS ENTRELINHAS DA LIBERDADE" PARA A BIBLIOTECA DA ESCOLA "PROFESSOR ORNELES NEVES FIGUEIRA" PRIMEIRO DIRETOR GERAL A ATUAL, COMPETENTE E BELA DIREÇÃO ANTES DE LER MEU DEPOIMENTO QUE ESTÁ APÓS AS FOTOS.
 ROSA REGIS PROFESSORA DA CORDELTECA MANOEL SILVA LÊ O CORDEL REFERENTE AOS 50 ANOS DA E E WINSTON CHURCHILL ELABORADO COM OS ALUNOS ATUAIS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
 A BANDA DOS ALUNOS FUNDADORES TOCARAM AMIGOS PARA SEMPRE E SAIRAM CONDUZINDO OS PRESENTES PARA O BOLO COMEMORATIVO ENCERRANDO OS TRABALHOS DO DIA 26 DE ABRIL DE 2018. PORQUE NO DIA 28, SÁBADO, HAVERÁ O JANTAR ÀS 21H





 Escola Estadual Winston Churchill – 50 anos de realizações e vitórias na educação brasileira
por Jania Souza

Minha vida mudou completamente aos 12 anos. Deu uma reviravolta. Raramente percebemos quando nossa caminhada está em transição, porque estamos experienciando o presente e o futuro faz-se das ações e decisões realizadas e tomadas sempre no hoje. Naquele instante em que você realiza seus desejos, quer seja por vontade própria ou conduzido por orientadores colocados em seu caminho para o auxiliar ou atrapalhar, quando esses não indicam a real estrada do crescimento, da evolução, da vitória que leva a felicidade.

Foi nessa época áurea da minha existência que me deparei com a grande primeira mudança de minha imatura jornada. Foi-me dito que iria estudar o Quinto Ano do Curso Primário e, ao final, faria o Exame de Admissão para ingressar na Primeira Série do Curso Ginasial. Minha mãe, além das suas atividades profissionais, também era instrutora de reforço de seus filhos, então adquiriu o enorme livro oficial para o teste adotado pelo Externato Potiguar de Professor Nazareno, que ficava localizado na Avenida 10, onde estudávamos e entabulamos, a partir desse momento, a preparação rigorosa para o concurso. Se aprovada, iria estudar no Colégio Estadual Winston Churchill, um novo estabelecimento de ensino, que deveria ser inaugurado no início do ano letivo e, para o qual, ela havia feito minha inscrição, contudo as provas de admissão seriam realizadas no tradicional Colégio Estadual do Atheneu.

Fiz o exame e consegui ser classificada, embora, em uma das provas, meu nome tenha saído errado e, se eu não estivesse acompanhada, teria perdido a prova como aconteceu com minha irmã Jaci três anos após, quando fui sua acompanhante. Trocaram seu J por T e ficou registrado nessa ordem, quando descobri, os portões haviam fechado e éramos duas crianças para argumentar com os fiscais, que não tinham nada de amigáveis como nos concursos de hoje.

Ao sair o resultado, minha mãe, informou-me que as aulas iriam demorar um pouco, porque estavam concluindo a construção do colégio e, em abril, começariam as aulas.

Na data informada para funcionamento do colégio, fui acordada logo cedo por mamãe. Naquele primeiro dia de aulas, preparei-me ansiosa para descobrir o misterioso e desconhecido espaço educacional. Tomei café e preparei-me para sair com ela rumo, eu, ao colégio e ela, ao trabalho. Era o dia 14 de abril de 1968. Nos anos que se seguiram, essa era a melhor parte das aulas, poder ir com ela desfrutando de sua encantadora companhia e intimidade. Sempre gentil com todos com quem cruzava. Sorridente. Alegre. Parecia sempre estar de bem com a vida. A melhor de todas as heranças para mim e meus irmãos.

Na Avenida Coronel Estevão, antes do cruzamento com à Avenida Alexandrino de Alencar, embarcamos no ônibus da Empresa Barros, que não existe mais. Lotado. Morávamos na Av. 01, rua da Feira do Alecrim aos sábados. O transporte seguiu até a bela e grandiosa Igreja de São Pedro e atingiu o Baldo entrando na Av. Rio Branco, Centro da cidade. Fez as paradas habituais, que eu ainda não conhecia e enfim, parou em frente às ruínas do Mercado Público da Cidade, destruído em um incêndio em 1967, e aquele encantador e arrojado complexo arquitetônico inovador do Colégio Estadual Winston Churchill.

Desci do ônibus e atravessei a rua com minha mãe. Encontrava-me simplesmente extasiada.

Passei no colégio sete preciosos anos de minha vida. Além dos ensinamentos familiares sobre valores, caráter, virtudes, moral e espiritualidade, a vida estudantil acrescentou conhecimento de qualidade científico, humano, social, político, profissional, ético, agregados a um pensamento crítico construtivo elaborado e, principalmente, sempre em desenvolvimento. Fato que me permitiu mente aberta para encarar as futuras mudanças em minha vida sempre pronta a encontrar soluções e vencer obstáculos. Nada fácil. Pois a vida não é simples e exige adaptação permanentemente, pois ela se desenvolve em um mundo em constante processo de transformação que choca, que dar medo, que abala, mas que necessita de acomodação e equilíbrio para promover a sobrevivência e a coexistência, sem as quais não há como promover a vida sobre o planeta. Não estamos sós.

Para me construir como ser e cidadão, foi necessário ter uma família sempre pronta a me apoiar e a indicar o horizonte e, também, um colégio bem equipado e com uma equipe docente responsável e totalmente comprometida com a aprendizagem, com o bem-estar físico, mental e espiritual dos seus alunos, norteando-os com regras de limites, disciplinares, cívicas, lúdicas, culturais, artísticas e de pesquisa em todas as áreas científicas, sem jamais esquecer o incentivo através do desafio para galgar novos espaços e alcançar novas vitórias. Assim, desenvolvendo em seus alunos a capacidade de realização, de resiliência e de persistência em busca dos objetivos a serem perseguidos e atingidos.

Alunos Churchill jamais desistiam ou ficavam sentindo-se derrotados eternamente por um insucesso. Sempre arregaçavam as mangas e seguiam em busca de novos e melhores resultados. Nessa época, a aprovação no vestibular era altíssima e eu, particularmente, tive a felicidade de ser aprovada no vestibular da UFRN no Curso de Física, quando ainda cursava o 2º. Ano do Curso Científico. Fato que impossibilitou minha matrícula na universidade naquele ano. Contudo, ganhei uma bolsa para fazer o Curso Hipócrates de preparação ao vestibular. No ano seguinte, conclui o Científico e o Curso Técnico de Contabilidade e passei na UFRN no Curso de Ciências Econômicas.

Aqui, deixo meu agradecimento a todos os grandes mestres que tive o prazer e a honra de ter por professores. Cito o Diretor Geral, professor Orneles Neves Figueira, sem o qual, o colégio não seria o mesmo, e a quem aplaudo em nome de todo o corpo docente e do pessoal de apoio. Simplesmente fantásticos em suas dedicações ao colégio e aos alunos. Minha eterna gratidão! Sem eles, provavelmente, eu não me sentiria hoje uma pessoa realizada e abençoada. Pronta a correr atrás de novos horizontes, quando muitos acreditam que não há mais nada a ser perseguido. Enquanto houver sonhos, estou na luta. Provavelmente, não mais tanto por dinheiro, necessidade imposta pela sobrevivência; mas sim, pela simples satisfação de me sentir viva e capaz para contribuir com o coletivo.

Aos Cinquenta Anos do Colégio Estadual Winston Churchill, dedico minha história de vitórias e o meu reconhecimento pelo excelente serviço educacional prestado ao país, pois sei que não é fácil chegar nesse estágio de existência funcional e administrativa com resultados tão favoráveis em sua missão de formar cidadãos em sentido completo: pessoal, social, humano e produtivo. Para esse feito é necessário embasamento, que me foi agregado nas salas de aula desse estabelecimento de ensino, que, hoje, ainda engatinha em sua jornada educativa. Longa vida ao Colégio Estadual Winston Churchill, que continue a auxiliar na transformação de vidas para o crescimento e desenvolvimento da nação brasileira revelando grandes valores potiguares para o mundo.
FOTOS DO FACE DA ESCRITORA E PROFESSORA ROSA RAMOS REGIS

AGRADECIMENTO À EQUIPE DE ORGANIZAÇÃO E EM ESPECIAL À MARGARETE ARAÚJO QUE ME ENTREGOU O CONVITE COM MUITO CARINHO

PARABÉNS A TODOS QUE FIZERAM ESSA BELÍSSIMA HISTÓRIA ACONTECER.

MOMENTO DE ENCONTROS PARA FESTEJAR OS 50 ANOS DA ESCOLA ESTADUAL WINSTON CHURCHILL - UM MARCO DA EDUCAÇÃO POTIGUAR EM SOLO BRASILEIRO.

2 comentários:

Rosa Ramos Regis da Silva disse...

Jânia Souza, sempre presente nos momentos especiais onde a Cultura se faz presente. Valeu amiga!!

Jania Souza disse...

Obrigada, amiga poeta Rosa Regis! É nosso dever e compromisso compartilhar a cultura. Beijo com meus votos de Feliz e Poético, 2019!