quarta-feira, 25 de maio de 2011

POEMA PARA UMA IMAGEM - JANIA SOUZA

Há uma porta no infinito
em busca do finito que sou
chama-me insistentemente
para desconhecida aventura.

Pasmo em seus braços envolventes
na dúvida sem resposta aos medos
seu cheiro encanta-me.
Entrego-me sem rodeios.

Meu finito funde-se no infinito
que cai sobre minha essência

são perfumadas pétalas de orvalho
dormidas no choro da saudade
levadas em asas azuis de borboletas solitárias.

Há o espectro do sonho
dentro da nuvem da imaterialidade
meu espírito é suave pássaro
embalado na cantiga da chuva.

Meus desejos são explosões
de estrelas em seus nascituros
carregadas por vagalumes
na procissão da paixão.

Levito entre o espaço e o que sou
não há mais barreiras nem fronteiras
entre a palavra e o amor.


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