Há uma porta no infinito
em busca do finito que sou
chama-me insistentemente
para desconhecida aventura.
Pasmo em seus braços envolventes
na dúvida sem resposta aos medos
seu cheiro encanta-me.
Entrego-me sem rodeios.
Meu finito funde-se no infinito
que cai sobre minha essência
são perfumadas pétalas de orvalho
dormidas no choro da saudade
levadas em asas azuis de borboletas solitárias.
Há o espectro do sonho
dentro da nuvem da imaterialidade
meu espírito é suave pássaro
embalado na cantiga da chuva.
Meus desejos são explosões
de estrelas em seus nascituros
carregadas por vagalumes
na procissão da paixão.
Levito entre o espaço e o que sou
não há mais barreiras nem fronteiras
entre a palavra e o amor.
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