Na casa da irmã
À Neném
Jania Souza
Na casa da irmã
Aberto é o baú
Sai casca de pão
Miolo fofinho
Para um paladar exigente
De afeto, abraços e beijos
No colinho de Mamãe
Sai pássaros sorrisos
Em voos rasantes
Chocando com bolinhas de sabão
Prisão de pai e irmão
Em viagem sem retorno
Mas lembrança bem cuidada
No fundo do Baú
Na casa da irmã
Memória não adormece
É resgatada na língua
Indo direto ao papel
Tem chapéu de ponto e vírgula
Bengala confunde-se
Na sombrinha de sacola
Ou na interrogação
Da mentira escondida
Na gargalhada da menina
Ah, essa menina sapeca
Na casa da irmã
Passado é fotografia
Guardado a sete chaves
Para ser redescoberto
Na magia escondida
No fundo do baú
Nenhum comentário:
Postar um comentário