O pão menino de Belém Era uma vez, num lugar bem distante daqui, numa cidade pequenina por nome de Belém, que morava um pastor de ovelhas que gostava de fazer pão para sua família. Ele tinha uma receita especial, criada por ele, que levava além do trigo, o açúcar, aveia, um pouco de ameixa, um tiquinho de amendoim, castanhas,tâmaras e outras coisas. Nossa! O pão daquele pastor era cobiçado por todos que passavam por Belém. Naquele dia o pastor estava fazendo o pão, quando percebeu que um casal batia à sua porta querendo saber se era possível alugar algum quarto para passar a noite. Ele respondeu: -Infelizmente meu senhor, como está vendo a minha casa está cheia. Tenho parentes de vários lugares que vieram à Cidade de Davi para o recenseamento. Não tenho como acomodar o senhor e a sua mulher. Aquele homem saiu puxando um jumento azul, que transportava a mulher grávida. E o homem voltou a fazer o pão. A noite chegou. Caiu fria por sobre Belém. As famílias conversavam, cantavam hinos, canções, bebiam, contemplavam as estrelas na esperança de que o mundo tivesse salvação do Império Romano. "- Está difícil viver com este Imperador" "- Um absurdo a alta cobrança dos impostos" " -E os assaltos pelas estradas! Cada vez aumentam mais e mais" "-Emprego que é bom, nada!" Os minutos daquela noite pareciam gritar: " Chegou o tempo determinado por Deus!" Algo pairava no ar e fazia aquela noite diferente. Creiam não era o cheiro do pão que estava sendo assado pelo pastor. O que eu sei é que aquele pastor soube que uma criança tinha nascido numa manjedoura. Sua alma ficou inquieta, e tão logo saiu a primeira fornada dos pães, ele reservou um e falava para sua família: -Já que não podíamos abrigar aquele casal irei levar este pão. De hoje em diante ele vai se chamar Pão Menino de Belém. E foi assim acreditem que este pão nasceu. Era uma vez...
Francisco Martins 17 de dezembro 2020
2 comentários:
Obrigado pela divulgação.
UMA honra divulgar sua obra, poeta Francisco Martins.
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