sábado, 23 de novembro de 2019

V FLILAJES EM SEU TERCEIRO E ÚLTIMO DIA DEIXOU SAUDADES E PERSPECTIVAS PARA 2020

Apresentação das revelações, descobertas nas escolas do município e nas estaduais, dos alunos declamadores de cordel na Estação das Artes de Lajes no prédio restaurado da antiga Estação Ferroviária inaugurada em 1918 com grande festa e desativada desde o momento que os governantes brasileiros decidiram acabar com os investimentos e manutenção desse serviço no país, principalmente no Rio Grande do Norte

Palestrantes da mesa sobre a importância do cordel na educação, ela professora e componente da equipe pedagógica do município, tendo sido alfabetizada no sítio em que morava através da leitura da literatura de cordel, sendo essa a base da sua tese de mestrado e Ninho, professor do Instituto Federal em Natal da Av. Senador Salgado Filho. Professor de Língua Portuguesa e outros títulos e incentivador da literatura de cordel como fonte de comunicação e de educação, pilares em que centrou sua fala. Amigo do Poeta Abaeté e frequentador da Casa do Cordel, sugeriu a participação da Casa do Cordel para enriquecimento do excelente Festival Literário, que teve por base esse tema vitorioso, que resultou na descoberta de tantos talentos infantis, adolescentes e juvenis, que se apresentaram com suas declamações para delícia da atenta plateia. Aplausos à maravilhosa mesa, que encantou pela riqueza de detalhes sobre a história do cordel, principalmente o detalhe da forma desenvolvida no nordeste brasileiro, que é única e característica dessa região. Em diferentes países da Europa, notadamente Portugal, herança brasileira do cordel, esse expõe em suas páginas e pendurado no barbante, qualquer estilo poético e não a forma adotada pelos brasileiros, que recebeu a denominação de Cordel, a parte apropriando-se do todo. Uma curiosidade interessante. Em sua conclusão, a mesa deixou evidente a importância do cordel em todos os níveis da educação como fonte facilitadora de compreensão das complexas questões abordadas no ensino, com subsídio fundamental como facilitador na alfabetização em virtude das rimas, ritmo, sílabas poéticas e textos fáceis de entendimento pela criança ou adulto na aprendizagem, podendo ser encenado e adaptado as necessidades da classe.


Alampeanas após apresentação na Estação das Artes

Foi um momento de performances femininas conduzido pela poeta e escritora Lúcia Eneida com a participação (a partir da esquerda) de Luana de São Miguel, antiga fazenda algodoeira entre Angicos, cidade de Fatuca Silva e Fernando Pedroza, residência de Regina; a cangaceira é a talentosa Célia Bombom, seguida da cordelista Jussiara Gomes, a apresentadora Lúcia Eneida, eu e a talentosa Poeta Cláudia Borges. Na foto, faltou a Poeta Dorinha Timóteo, que encantou o público com sua apresentação com Barroca e as músicas e poemas de Vinicius de Moraes.

Esse encontro no palco ocorreu após o jantar na Escola Estadual Monsenhor Vicente, tendo sido antecedido pelos lançamentos na Fundação de Cultura, ocasião em que a alampeana lajense Vitória conduziu o bate-papo com os autores presentes: Flauzineide Moura, Presidente ALAMP; Beatriz Moura, escritora infantil e neta de Flau; Lúcia Eneida lançando a biografia de Baía; o lançamento do E-book A Rosa e os Cravos com poemas de Vitória e dos professores amigos co-autores; e o lançamento surpresa das obras A Abelhinha Jurema e Pingos de Momento da autoria de Jania Souza. O Prefeito Marcão, a Secretária de Educação Lena e sua eficiente equipe, Nevolândia (anfitriã das alampeanas e demais caravanas de literatos e artistas), Francinete, alunos, professores, familiares, convidados prestigiaram os autores convidados. Ao término, foi servido saboroso coquetel com direito à troca de ideias entre os presentes. O poeta homenageado Lino Sapo recebeu o autógrafo em Pingos de Momento por ficar encantado com o poema à Alzira Soriano - "Mulher do Sertão Nordestino", um dos seus temas prediletos por amar a história dessa brava e guerreira mulher, tendo escrito o belíssimo cordel com sua biografia - Alzira Soriano: da luta à glória, a trajetória da primeira mulher eleita prefeita em Lajes do Cabugi, no Brasil e em toda América Latina. Gratidão, Poeta Lino Sapo, pelo seu talento e grande homenagem à essa mulher exemplar.

Enquanto ocorria os lançamentos na Fundação de Cultura, Eliete Marry, Cláudia e seu filho Filipe Borges, Dorinha Timóteo, que teve seu nome dado a uma das Cordeltecas fundadas nas escolas e seu esposo Barroca; o Brincante Buíu, esposa e Diego encontravam-se contando histórias, declamando e apresentando-se em praças e escolas na vasta programação do terceiro e último dia do V FLILAJES - FESTIVAL LITERÁRIO DE LAJES, que teve como tema: O Cordel na Educação de 20 a 23 de novembro de 2019 com Cortejo Literário; Mesas Literárias; Momentos Culturais; Oficinas Literárias; Slam; Circuito Literário, Lançamento de Livros; Diálogos Literários; Grupo Teatral com apoio e patrocínio da Fundação José Augusto; Adlis; Instituto Federal; Prefeitura de Lajes e Secretaria Municipal de Educação e Cultura e Governo do Estado do RN.


O agitador cultural que levou sua equipe, Buíu e esposa prestigiando a programação de encerramento no final da noite, quando todas as atividades se concentraram na encantadora Estação das Artes, onde aconteceu duas exposições: Memorial da Primeira Prefeita da América Latina, Alzira Soriano e Projeto de Difusão da Literatura Feminina Potiguar, tendo essa a curadoria da Presidente da Associação Literária e Artística de Mulheres Potiguares - ALAMP, escritora Flauzineide Moura. Em outro compartimento da estação, encontrava-se a exposição da Casa do Cordel do Poeta Abaeté patrocinada a ida ao festival pela Fundação José Augusto. Na trupe de Abaeté, encontravam-se o Poeta Músico Dudé Viana e o Poeta Chico de Iaiá. A caravana das alampeanas chegou às 16h, sendo recebida pela equipe do V FLILAJES na Estação das Artes e orientada para as programações espalhadas por diversos pontos da cidade, conforme a idade do público e atividade literária e artística, após às 17h.



O atuante Prefeito Marcão e a Secretária Municipal de Educação e Cultura, Lena, entregam os banners das Cordeltecas das escolas municipais e estaduais da localidade batizadas com o nome de cordelistas participantes de suas estruturações, dentro as quais a Cordelteca Poeta Dorinha Timóteo e a Cordelteca Poeta Lino Sapo



Fala do Prefeito
Poeta Abaeté da Casa do Cordel com exposição na Estação da Cultura
Dudé Viana, Marconi Branco e Abaeté


Com microfone, Poeta Chico de Iaiá; de chapéu e camisa azul, Poeta Abaeté; com violão, Poeta e músico Dudé Viana; atrás, Poeta e músico Marconi Branco


Tetê no Museu da Estação das Artes

Apresentação da cantora e Artista Plástica Socorro Evangelista cercada pelas alampeanas a partir da esquerda e sentadas, Célia Bombom, Jania Souza, Cláudia Borges, Lúcia Eneida, Eliete Marry, Fatuca Silva, Regina, Luana, Dorinha Timóteo e, em pé, Barroca

Escritores: Ninita Lucena; Célia Bombom; Jussiara Gomes; Marconi Branco; Tetê (convidada); Cláudia Borges; Rosineide Silveira e Jania Souza

A espera pelo ônibus na AGAE em Natal, Célia Bombom, Flauzineide Moura e Beatriz Moura, Bia


Com a Presidente da ALAMP de Natal para o 5o. FLILAJES foram:

Lúcia Eneida
Rosineide Silveira e Tetê
Ninita Lucena
Cláudia e Filipe Borges
Marconi Branco
Jussiara Soares
Célia Bombom
Eliete Marry
Socorro Evangelista
Jania Souza
Beatriz Moura
Flauzineide Moura

De Fernando Pedroza: Regina

De Angicos: Fatuca Silva

De São Miguel: Luana

Todos foram muito bem acolhidos na cidade com alimentação e acomodação previamente providenciada pela equipe do evento, coordenado pela alampeana lajense Nevolândia. Foi um momento de muitas apresentações e confraternizações artísticas para incentivar à leitura e à escrita, despertando os talentos na arte da literatura de cordel. Trabalho bastante apreciado, que começou a ser executado e incentivado há mais de 6 meses nas escolas com excelentes resultados apresentados pelos estudantes orgulhosos de suas produções e da própria identidade e cultura. A cidade de Lajes encontra-se de parabéns pelo sucesso do V Festival Literário, que a todo ano cresce e já se tornou uma marca na localidade envolvendo todos os partícipes, tanto na zona rural quanto na urbana, representando uma valorosa iniciativa com continuidade que desenvolve a capacidade intelectual, humana e produtiva do município plantado em uma área crítica do ciclo das chuvas. Que a resistência continue a impulsionar o canal da fé e, também, da ação para o desenvolvimento e progresso do povo na terra governada pela primeira prefeita da América Latina. Que seu exemplo seja a maior força de seus descendentes.

Público no encerramento

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