A Tamarineira
de Lajes
Jania Souza
Embaixo dessa copa frondosa
terno refrigério do corpo
em horas de tanto calor
quedo-me em contemplação
e amor
às dores passadas
alegrias renovadas
passos quebrados
na travessia
desse solo rachado
Jania Souza
Embaixo dessa copa frondosa
terno refrigério do corpo
em horas de tanto calor
quedo-me em contemplação
e amor
às dores passadas
alegrias renovadas
passos quebrados
na travessia
desse solo rachado
sem qualquer pingo d’água
despencado do céu tão azul
há força revigoradora
no povo nordestino, lajense
que no castigo
da seca
consegue
num fio de fé
jorrar, da beira do rio, esperança
sonhos de fatura e prosperidade
resgate à vitória da existência
Lajes
terra de resistência
de sol
de pedra
de comprometimento
tão forte quanto o Cabugi
seu imutável vizinho
terra de resistência
de sol
de pedra
de comprometimento
tão forte quanto o Cabugi
seu imutável vizinho
espera a doce brisa
soprada suavemente
da centenária tamarineira
em seu posto de vigia
soprada suavemente
da centenária tamarineira
em seu posto de vigia
na abundância de pão
e letras
esquece a melancolia.
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