sexta-feira, 5 de setembro de 2014

CADERNO LITERÁRIO PRAGMATHA 59

Caos

por Jania Souza (Natal / RN)
Chega o redemoinho 
sem bater a porta sem pedir licença 
ataca sorrateiramente 
veste-se com a casaca do tufão 
adorna-se com a fúria tsunami. 
Tem cara de inflação. 
Invasor, adentra pessoas, espaços, situações 
espalha-se pelas ruas, avenidas, rios, lagos, oceanos 
casas, lares, escolas, famílias, corações. 

É o lixo pelas avenidas e esquinas 
corrupção no superfaturamento da merenda 
não foi aprendida a lição da ética na infância. 

Carrasco em minha vida, na tua vida, na vida do outro. 
De todos, o maior tirano, destrói povo, raça, nação. 
Segrega ternura, força a perda da afeição. 
Espalha-se sobre a terra 
é a própria besta fera 
ladina 
a sugar tranquilidade, felicidade 
dos navegantes sem destino 
sem rumo, sem prumo, sem qualquer direção. 
Gira mundo, gira mente e até pensamento 
gira todo e qualquer acontecimento 
pandemônio 
seu equilíbrio baniu-se a esmo do centro.

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