domingo, 31 de agosto de 2008

ENCERRAMENTO DO AGOSTO CULTURAL 2008 DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO RN

O Sindicato dos Bancários do RN encerrou em 31/08/08 o Agosto Cultural 2008 dedicado as comemorações do Dia do Bancário. Foi um período de grande atividade cultural e desportiva, que teve seu ápice na quinta-feira, 28, quando realizou-se festa dançante na Sede Social em Nova Parnamirim com grande participação dos sindicalizados. Na ocasião foram entregues os prêmios e menções honrosas dos participantes do Concurso Literário de Poesia e Conto de 2008. Foi uma noite memorável sob a regência da bela Lúcia Margareth, responsável pelo cerimonial e homenageada pelo seu desprendimento e solidariedade. O Coordenador Geral do Sindicato, Liceu, falou sobre a satisfação em manter a tradição da entidade em incentivar o talento bancário e a lisura do resultado do pleito, cabendo sigilo total e respeito à decisão da comissão julgadora formada pela escritora Simone e o trovador José Lucas, que falaram em seguida.
Embora fria, a noite foi agradável e aconchegante entre risos e abraços, com direito a declamação da poesia Operários dos Sonhos de Jania Souza que auferiu a primeira colocação. Eis a íntegra da obra para conhecimento:

Operários dos Sonhos

Jania Souza

Esse teu sorriso púrpuro
De criança sempre feliz
Abraço dos braços do ocaso
A boca do Potengi.

És guardião das mais formosas sereias
Pétalas flutuantes sob as águas do cais
Seus dolentes corpos dourados sobre a areia
A espera dos corajosos filhos do mar.

Bravos, esses filhos do mar
verdadeiros operários dos sonhos
nos olhos, trazem o brilho das ondas
no coração, os segredos da vida.

Na calada da noite fogem dos seus
em busca de pão e farinha
camuflados em redes e tarrafas
cheiro de peixe e sardinha.

Na humildade dos lares
Há vela acesa em prece
À Virgem dos Navegantes
É rogo ao bom retorno
Bênção à vida e à farta pesca.

As estrelas traçam a lida
Dos operários dos sonhos
Na volta ao cais do mangue
Pela mão da Santa Virgem.

Soa o canto da peixeira
Sob as vísceras da pescada
Cação, cioba, cangulo
Xaréu, serra, piaba.

Teu cheiro adormecido de peixe
Resvala em minhas narinas
A marinha amanhecida
dos barcos, botes, jangadas
Paridos na boca do rio (...)

Revela os segredos de Café, teu Filho
De todos teus filhos o mais destemido
Voz do pobre, voz do povo
Voz do trabalhador oprimido.

Seu bico de águia enfrentou oligarquias.
Imbatível tripé de sua luta
Honra, liberdade, justiça (...)
Alçou o mais alto de todos os vôos
Das Rocas a Presidência do Brasil.

Venturosos, esses operários dos sonhos
Adormecem nos braços das sereias
Acordam na terra dos homens.

Mãos rudes curtidas na pesca
São doce carinho de afeto
Em horas de muita ternura!

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