quarta-feira, 26 de outubro de 2022

FORMOSURA DOS IPÊS


Formosura dos ipês 


Jania Souza


Felizes as mãos semeadoras do amor

Por entre canteiros plantam ipês 

Algarobas, mangueiras, flamboyants.

Sereias cantantes em mar avenida

Perfumam, embelezam com cores

E flores de maravilhoso esplendor. 


De setembro a dezembro há desfile de copas

Numa disputa harmoniosa de encanto. 

Florem os ipês como cascata de algodão 

São amarelos, brancos, rosa, roxos. Azuis?

Balançam no ar com borboletas e abelhas

Delícia aos olhos sensíveis daqueles abertos

À poesia solfejada pelo vento sobre as flores

Vivazes, sapecas, sedutoras, ah, namoradeiras!


Ipês-amarelos, pau-d'arco, paratudo, craibeira

Suas flores ao chão são alimentos de doce aroma

Seu amarelo dourado é cura a passagem da visão 

Pelo campo e nas cidades desse enorme Brasil

Pede licença entre carros, prédios e a poluição. 


O coração palpita no encontro à alegria

Ao acordar lento do pesadelo pandemia

Refaz-se para a esperança clamada 

Das copas coloridas dos ipês floridos. 

A natureza resiliente diz ao homem 

- Caminhe, já é outro dia, juntos vamos

plantar com nossas mãos novos tempos.

Suspire. 

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