Porta-retrato
Jania Souza
Na sala aquecida a porta-retrato
O coração rema na saudade
Há um relógio de ponteiros
Colados
Resistente à passagem do tempo
Uma orquídea descansa no vaso
Seu sono empresta encanto
Aos jarros, vidros e bibelôs
Únicas companhias
De tudo que lhe restou.
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