A ÚLTIMA CANÇÃO
Atenção!
Pois, vocês ouvirão a fala do coração,
transformada em canção:
Pobre Órgão, que se encontra ferido,
por causa de uma mulher que o deixou debilitado.
Você que ficou no meu pensamento,
da lembrança por um instante,
lembrei-me da enseada do mar e sua imensidão;
o teu nome está tatuado dentro deste coração,
mas, para nós dois, o nosso Eu ficou distante.
Agora, é tarde demais,
quisesses que fosse assim,
não há mais nada a fazer, é o fim.
Eu vou te esquecer,
não terá espaço mais neste coração,
constituído por átrios e ventrículos.
Por isso, te digo que irás fazer parte de uma lembrança,
vou te tirar do meu peito,
não há habeas corpus que consentirá o regresso de uma esperança.
Já que o teu caso não é de extradição
e, sim, de expulsão,
desta máquina chamada coração.
Portanto, será a última canção.
Autor: Dirceu Lopes.
SENHORITA
Lembrei-me dos momentos ao teu lado,
na imensidão da nossa intimidade,
fiquei pensando nos minutos,
daquela realidade que se fez identidade.
Senhorita, tu foste a mulher que se fez morada neste coração,
no teu peito debrucei-me,
do sonho fiz realidade.
Agora, Senhorita,
quero mais uma vez que teus beijos venham ser uma justeza,
assim como é a relação dos pássaros com a natureza.
Senhorita, quero, uma outra vez, entrar na tua vida,
mas não para ser uma escória,
e, sim, fazer uma história.
Para mais uma vez nos amarmos,
amando-te,
posso ter um motivo,
para não ser um fugitivo.
Nosso caso, não será como o amor do brejeiro,
que acabou em desvario,
nosso amor não terá azucrim,
nem fim.
Quero, apenas, senhorita deitar-me nos teus seios
e sentir o calor do teu corpo junto ao meu.
Autor: Dirceu Lopes.
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