segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

02 POEMAS DA AUTORIA DE DIRCEU LOPES PARA DELEITE!

 A ÚLTIMA CANÇÃO


Atenção!

Pois, vocês ouvirão a fala do coração,

transformada em canção:

Pobre Órgão, que se encontra ferido,

por causa de uma mulher que o deixou debilitado.

Você que ficou no meu pensamento,

da lembrança por um instante,

lembrei-me da enseada do mar e sua imensidão;

o teu nome está tatuado dentro deste coração,

mas, para nós dois, o nosso Eu ficou distante.

Agora, é tarde demais,

quisesses que fosse assim,

não há mais nada a fazer, é o fim.

Eu vou te esquecer,

não terá espaço mais neste coração,

constituído por átrios e ventrículos.

Por isso, te digo que irás fazer parte de uma lembrança,

vou te tirar do meu peito,

não há habeas corpus que consentirá o regresso de uma esperança.

Já que o teu caso não é de extradição

e, sim, de expulsão,

desta máquina chamada coração.

Portanto, será a última canção.


Autor: Dirceu Lopes.


SENHORITA


Lembrei-me dos momentos ao teu lado,

na imensidão da nossa intimidade,

fiquei pensando nos minutos,

daquela realidade que se fez identidade.

Senhorita, tu foste a mulher que se fez morada neste coração,

no teu peito debrucei-me,

do sonho fiz realidade.

Agora, Senhorita,

quero mais uma vez que teus beijos venham ser uma justeza,

assim como é a relação dos pássaros com a natureza.

Senhorita, quero, uma outra vez, entrar na tua vida,

mas não para ser uma escória,

e, sim, fazer uma história.

Para mais uma vez nos amarmos,

amando-te,

posso ter um motivo,

para não ser um fugitivo.

Nosso caso, não será como o amor do brejeiro,

que acabou em desvario,

nosso amor não terá azucrim,

nem fim.

Quero, apenas, senhorita deitar-me nos teus seios

e sentir o calor do teu corpo junto ao meu.



Autor: Dirceu Lopes.

  


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