Palavras
Sou apenas um mero poeta,
que tentando fazer poesia,
as palavras dançam nesta testa,
na mente deste modernista.
Mas, as palavras não bailam, como outrora,
Talvez, por motivos da realidade sabida,
tal qual da corrupção e sua debulhadora.
A indecência instalada nos altos Poderes,
políticos com ato de improbidade,
com a certeza da impunidade.
Os serviços públicos à beira da morte,
o povo tratado como custoso e indigente.
A educação em estado de calamidade,
Crianças a estudar em busca de identidade.
Vejo uma realidade desigual,
tento encontrar palavras a essa,
vejo que somos vítimas dessa,
incapazes de um cenário desproporcional.
Tento ter palavras para dizer
e mostrar que não vou correr.
Tento ter palavras contra uma conjuntura que nos fere,
vejo um cenário onde o luxo
é casado com o lixo.
Tento encontrar palavras,
conquanto, sou apenas um mero poeta.
Autor: Dirceu Lopes
Lembrança de um carnaval
Lembrei-me daqueles dias de carnaval,
na imensidão da nossa intimidade,
fiquei matutando aqueles minutos,
daqueles dias, que se gerou identidade.
Tu foste a mulher daquele belo carnaval,
no teu peito efetuei afinidade,
do sonho efetivei realidade,
da emoção por meio de um vendaval.
Teus beijos foram uma justeza,
tal como os pássaros cultuam a natureza.
Entrei, brevemente, na tua vida,
não para ser uma escória,
mas para fazer uma história.
Com este teu jeito de mulher,
despertaste adrenalina e prazer,
te envolvi nestes braços,
para ser teu vigilante.
Contudo, assim como um vendaval,
nosso caso foi igual ao do brejeiro,
como de Lúcio e Soledade,
restando apenas Cio e Edade.
Todavia, ficaram as lembranças de um bom vendaval,
dos teus seios junto a este coração,
ao lembrar daquele carnaval.
Autor: Dirceu Lopes
MULHER
*Dirceu Lopes
Mulher, sinônimo de alegria e de respeito.
Esse substantivo feminino, que às vezes se conjuga com AMOR,
outras vezes, em adjetivo afeto,
tem que ser admirado e respeitado.
Que seria do mundo sem as mulheres?
Certamente, seria insípido, inodora e incolor.
Deus as incumbiu para trazer luz e esperança,
em um mundo de desesperança.
Tal qual Maria de Nazaré, a Mãe da Luz
e do verbo encarnado na Terra.
Esse substantivo NÃO é um bem móvel,
tampouco uma coisa ou imóvel,
nem propriedade ou posse de homem qualquer.
Mulher é apenas sujeito de direitos,
Dotada de própria personalidade,
Respeito e dignidade.
Sem espaço para homens trogloditas,
Que agem com brutalidade.
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