Ao Pôr-do-Sol
Jania Souza
A tinta escorre dos dedos
do Criador
Enquanto o poema
das cores
Empresta vida
movimento
às nuances do amor
As águas agitam-se
emoções
voláteis
de ansiedade e, também
nascituro de ternura
O homem sem sexo
colhe da terra
a sabedoria
alimento
O peixe multiplica-se
e transfere
saúde, força
ao homem que labuta
Ao pôr-do-sol
dobram-se joelhos
como repicam sinos
o presente
agradece
a possibilidade da vida
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