sexta-feira, 13 de maio de 2016

QUINTA LITERÁRIA NA NOBEL COM A UBE/RN, EDIÇÃO DE MAIO/16, SAUDAÇÃO DO PRESIDENTE EDUARDO ANTÔNIO GOSSON AOS HOMENAGEADOS

 MEDIADOR: POETA, MÚSICO, ESCRITOR ROBERTO LIMA DE SOUZA (ESQUERDA) E POETA, ESCRITOR LÍVIO OLIVEIRA
ANDREIA BRAZ, NELSON PATRIOTA, GUIOMAR


FALA DO POETA ESCRITOR EDUARDO ANTÔNIO GOSSON, PRESIDENTE UBE/RN NA ABERTURA DA QUINTA LITERÁRIA NA NOBEL COM A UBE/RN, EDIÇÃO DE MAIO/16

 CARTA AOS POETAS HORÁCIO PAIVA, LÍVIO OLIVEIRA e ROBERTO LIMA
                              12 DE MAIO – DIA ILUMINADO DA POESIA

Meus camaradas:
 No ofício da Poesia não é fácil reunir um time tão bom como este que foi escalado para o jogo desta noite, na Quinta-feira Literária, da UBE-RN em parceria com a livraria NOBEL (organizado pela nossa Vice-Presidente a poetisa Jania de Souza). Será um grande momento de pura poesia.
HORÁCIO PAIVA. Poeta, líder sindical, lutador por um Brasil melhor. A luta pela redemocratização do Brasil tomou-lhe bastante tempo. Foi presidente por três mandatos do Sindicato dos Bancários, derrotando um líder pelego que fazia 30 anos que controlava o sindicato. Essa tarefa (dirigente sindical) mais o trabalho no banco do Brasil tomava-lhe o tempo quase todo.
Cristão 100%, amigo de Dom Pedro Casaldáliga (o bispo rebelde), agora com tempo integral para a poesia. Veja a beleza deste versos:

PÃO E LUZ
“com lápis invisível
Descrevo na escuridão
O que não vejo

E posto sobre a mesa
Creio haver um pão
À espera da luz”

LÍVIO OLIVEIRA. O mais jovem do grupo e com uma produção literária invejável, atuando na poesia, no ensaio,  na música com a gravação de um CD com poemas musicados pelo cantor Babal. Por fim no movimento associativista quando, em 2006, liderou a reorganização da União Brasileira de Escritores-UBE/RN. Com preocupações por um BRASIL melhor, livre do veneno da corrupção, Política: candidato ao cargo de Deputado Federal foi muito bem votado sem comprar nenhum voto, sem ser dono de nenhum curral eleitoral. A experiência serviu-lhe para mostrar as mazelas da nossa Democracia. Mas voltemos a Poesia que nos consola e conforta sempre. Mestre do Hai Kai:
Hai-Kais do Mar Alto

I
Árvore que canta.
Vento e uivo no deserto.
O sonho passeia.

II
Música real:
as imagens se misturam
nas dunas que dançam.

ROBERTO LIMA. O mais antigo do grupo vem de uma família amante da música e da poesia. Seu avô EVARISTO DE SOUZA está entre os sócios do dia 14 de agosto de 1959, data oficial da fundação da UBE. Poeta, compositor, filósofo, tem mestrado e doutorado em Lógica. Secretário de Estado do governo de Cortez Pereira, de Micarla de Souza, foi presidente da UBE-RN n biênio de 2014 – 2015. Atual vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico do RN, também é assessor da Conferência dos Bispos do Brasil-CNBB. Veja o poema dedicado a NELSON MANDELA:

UM HOMEM CHAMADO PAZ 
- Poema à Memória Bendita de Nelson Mandela
POR  Roberto Lima de Souza 

 Um dia, a paz despojou-se das convenções humanas 
E foi nascer, de novo, vestindo pele negra, 
No hemisfério sul, no continente mais negro 
Deste mundo de meu de Deus... 

 É que a paz se cansou de ser branca no hemisfério norte,
 Onde surgiram, meu Deus, as grandes guerras, 
Embora tantos por lá tenham sempre buscado a paz, 
Tenham sempre sonhado com a paz, sempre ela, 
 Vestida de branco e sempre bela... 

 A paz, porém, naquele extremo sul, não foi reconhecida
 Porque estava vestida de negro 
E os que governavam, 
 Iguaizinhos aos homens do outro hemisfério,

 Imaginavam que ela, a paz,
 Nascesse branca, dócil e subserviente ao regime
 Que apartava os homens pelas diferenças de cor... 
E a paz, tomando as dores da sua prima-irmã, a igualdade, 
 Precisou endurecer-se na vida para poder lutar 
E enfrentar as duras injustiças sofridas pelos seus irmãos,
 Só porque tinham a mesma cor da sua pele... 

 E porque defendia direitos iguais para os seus, 
Foi a paz considerada subversiva 
E, por longos vinte e sete anos, banida, 
Privada do convívio dos seus...

 E a paz, então, começou a cantar pela voz dos seus irmãos de cor 
E de todas as outras cores que tem o amor... 
E o seu canto foi ouvido pelo mundo inteiro, 
Do hemisfério sul ao hemisfério norte, 
Porque o canto da paz é um grito que vence o furor,
Que não teme a força bruta, que não teme mesmo a morte...

 E tão forte foi o canto da paz 
Que, um dia, num dia de muita claridade,
 Mandela, que nasceu livre,
 Reencontrou a liberdade 
E, a ela, de mãos dadas, fez esquecer a ideia de norte e sul: 
Vestiu-se com as cores todas da diversidade, 
E, entre os homens de pele branca e de pela escura, 
Passou a conviver no coração de todos 
Com o nome de fraternidade, 
Até que, um dia, foi chamado, de novo, de paz, 
Nos braços do Pai de toda a humanidade...

Agora  é hora de botar o time em campo e fazer gol de placa!
(*) Eduardo Gosson é presidente da UBE-RN


FOTOS: Escritor e gestor da Livraria Nobel, Aluízio Azevedo Junior

Vídeos no canal Nobel salgado filho no youtube

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