"Estimada poetisa Jânia Souza,
antes de apresentar-me, quero informar-lhe que: acabo de ter a felicidade de assisti-la pela tv no telejornal que não me recordo o nome (BOA TARDE, NATAL, TV BAND E APRESENTAÇÃO DE MURIU MESQUITA, DIA DO POETA, 20/10/2009), mas que trata de notícias do Estado do Rio Grande do Norte. Estou em Fortaleza, onde atualmente vivo. Por acaso, a vi pela tv, assim tive a satisfação de ser contagiada pela sua poesia e energia humana. Essa identificação que tive ao vê-la declamando e falando sobre a SOCIEDADE DOS POETAS VIVOS E AFINS DO RN -SPVA-RN- explica-se por três motivos: o amor que tenho às letras e em especial à escrita literária, a identificação que sinto com a geografia e cultura potiguar, pois vivi um ano no RN quando professora assistente I da UERN. Finalmente, pelo fato de que com a superação de um quadro depressivo, conheci a manifestação literária na prática, visto que numa atitude s urpreendente comecei a escrever naturalmente em forma de versos o que me saltava do coração. Assim, pelo desejo de conhecer a SPVA-RN tomei a liberdade de escrevê-la por este email que encontrei no site que a senhora divulgou pela tv. Sou Márcia Ferreira, graduada em Letras, mestre em LingÃ?ísitca e sempre trabalhei como professora. No que refere-se à poesia sinto-me atraída e motivada, mas falta-me contato com profissionais que possam opinar sobre meu trabalho. Todos os meus textos são bastante líricos o que me freia a coragem de divulgá-los a qualquer um. Acredito que todo escritor sente necessidade de críticos capacitados para ajudarem-no. Penso que a SPVA-RN pode ser o que me falta. Gostaria de saber se o grupo só aceita pessoas residentes no RN ou se há chances de intercâmbios com outros estados. Gostaria de saber ainda se o grupo SPVA-RN é ligado a alguma instituição de ensino como a uma Universidado, por exemplo. Se assim o for, se não há possibilid ade de um intercâmbio interinstitucional. Qualquer ajuda sua nessas minhas questões será muito bem-vinda e apreciada com estima, assim já agradeço o precioso tempo que puder dedicar-me,
Atenciosamente,
Márcia Ferreira"
CAROS LEITORES, APRECIEM AS BELAS POESIAS DE MÁRCIA FERREIRA
Forma de falar
Amiga inspiração: testemunha mudamente refletida,
Poética desesperadamente em tinta, papel ou teclado concebida.
Esta é tua função: amenizas minha procura inaudita,
Essa diária busca pelo inconcebível dentro da limitada vida.
Companheira tão amiga, em meu largo silêncio, conivente,
Sabedora dos mais íntimos infortúnios, minha pura confidente.
Se não me escutas, é por não cobiçares aparecer,
Como sempre fazes, provocando o meu ato de escrever.
Se não fosse por teu surgir, mais duro seria; se faltaras, menos falaria.
Em versos, somente neles, posso levantar o altivo surto da calmaria.
Em canto, expressar a beleza de quem não sou, mas de quem quero ser,
Diferente de tudo que me pediram para eu realizar ao crescer.
Antes de teu brotar: insatisfação intolerante ao que desconhece o gozo triunfante.
Ao divisar o teu engenho: a sensação de realização pela inspiração confortante.
Só assim não estou sozinha, produzo minha extensão, além das paredes carnais.
Mesmo que não sangüíneos, cunhei por fortes laços, verdadeiros filhos intelectuais.
Estaciones de la vida
A un olmo seco Machado le escribió
No por capricho, sino por falta de opción,
Pues más humano es el olmo en otoño
Más que el hombre en el verano
Pero, en la primavera, somos todos hermanos
Hijos de una misma sensación
Aquella que nos da la vida
Que hace del vegetal igual al animal.
Sea en Castilla, en Sevilla o en Fortaleza,
Buscamos todos, tras el invierno, el calor,
Aquél que nos regresará el frescor,
Aunque por pocos meses, como en la naturaleza.
Y así pasamos los años a la espera.
Dulce ansia de la primavera de la vida
Aquella que nos restituirá el tiempo fugado
De lluvias, ventiscas, nevascas sufridas.
Fim de Insônia
Nessa madrugada teimosa sem sono
Sonho acordada com a realização do meu sonho
Que tal se ao amanhecer ainda acordada
Mas agora, pelo sono marcada,
O sonho não mais fosse realidade só em sono?
Nesse dia teimoso em não passar
Mais veloz é minha ansiedade por ultrapassar
Além deste, outros mil que espero não existirão
Entre mim, você e o fim da solidão
Nessa noite teimosa em despertar
Espero só acordar com a luz solar
Abrindo brecha, pulando a janela pra nos alcançar.
Amiga inspiração: testemunha mudamente refletida,
Poética desesperadamente em tinta, papel ou teclado concebida.
Esta é tua função: amenizas minha procura inaudita,
Essa diária busca pelo inconcebível dentro da limitada vida.
Companheira tão amiga, em meu largo silêncio, conivente,
Sabedora dos mais íntimos infortúnios, minha pura confidente.
Se não me escutas, é por não cobiçares aparecer,
Como sempre fazes, provocando o meu ato de escrever.
Se não fosse por teu surgir, mais duro seria; se faltaras, menos falaria.
Em versos, somente neles, posso levantar o altivo surto da calmaria.
Em canto, expressar a beleza de quem não sou, mas de quem quero ser,
Diferente de tudo que me pediram para eu realizar ao crescer.
Antes de teu brotar: insatisfação intolerante ao que desconhece o gozo triunfante.
Ao divisar o teu engenho: a sensação de realização pela inspiração confortante.
Só assim não estou sozinha, produzo minha extensão, além das paredes carnais.
Mesmo que não sangüíneos, cunhei por fortes laços, verdadeiros filhos intelectuais.
Estaciones de la vida
A un olmo seco Machado le escribió
No por capricho, sino por falta de opción,
Pues más humano es el olmo en otoño
Más que el hombre en el verano
Pero, en la primavera, somos todos hermanos
Hijos de una misma sensación
Aquella que nos da la vida
Que hace del vegetal igual al animal.
Sea en Castilla, en Sevilla o en Fortaleza,
Buscamos todos, tras el invierno, el calor,
Aquél que nos regresará el frescor,
Aunque por pocos meses, como en la naturaleza.
Y así pasamos los años a la espera.
Dulce ansia de la primavera de la vida
Aquella que nos restituirá el tiempo fugado
De lluvias, ventiscas, nevascas sufridas.
Fim de Insônia
Nessa madrugada teimosa sem sono
Sonho acordada com a realização do meu sonho
Que tal se ao amanhecer ainda acordada
Mas agora, pelo sono marcada,
O sonho não mais fosse realidade só em sono?
Nesse dia teimoso em não passar
Mais veloz é minha ansiedade por ultrapassar
Além deste, outros mil que espero não existirão
Entre mim, você e o fim da solidão
Nessa noite teimosa em despertar
Espero só acordar com a luz solar
Abrindo brecha, pulando a janela pra nos alcançar.
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