Poeta
Jania Souza
Poeta
Embarca no vagão
Da velhice
Sem abandonar a essência
Da alegre criança habitante de si.
No obscurantismo da existência
Poeta, esse eterno adolescente
Cre ser cavalo alado
Sombreiro ao sol
Palavras não acabadas...
Poeta é gente sem cor
Dor esguinchada num grito
Mudança à felicidade.
Poeta é sorvete derretido
Na língua que lambe a alma
Mesmo com as frustrações do mundo
Poeta encontra o sentido na luz
E borda versos no peito menino
Poeta navega em asas-palavra e voa
Infinito adentro.
Colibri em ardência, reluz
E solta a voz poema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário