SUBLIME aDEUS
Adélia Costa
Enquanto seu corpo descia
Sua alma livre subia
Rodopiava entre nuvens,
Ao som de gloriosa ópera
Amapola ecoava
No céu, anjos o anunciavam,
Nós não ouvíamos:
Eis nova criatura no céu!
Um novo homem
O récem Grilo nascido...
Na Terra, Amapola insistia
Reverenciando sua despedida
Era sua voz nos acalantando
Era sublime, mas doía
E enquanto lágrimas caiam
Havia festa no céu
Cri cri cri cri...
Aqui um grilo nos embalava
No céu um Grilo chegava
Com riso era recebido:
Bom dia, menino!
Vem, vem ser um anjo
Vaso de muita honra
Recebe novas vestes e anel!
Aqui em coro dizíamos:
Vai, vai Borratelear pelo céu
De repente, desce uma chuva
Não era casamento de viúva
E molhava nosso chapéu
Era seu encontro com sua musa
Que por horas lhe abraçava
Entregando-lhe um celeste pincel
PEDRO GRILO NETO
Um ano de Encantamento!
* 30 de setembro de 1936
+ 22 de abril de 2022
Arte: @evapotiguara
https://www.instagram.com/p/CrVtTqcrQ-d/?igshid=MDJmNzVkMjY=
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