domingo, 17 de setembro de 2017

SARAUTERAPIA - 13 ANOS DE AMOR E EXERCÍCIO DA POESIA



Amantes da Poesia, da Música, 
do Humanismo:
REITERAMOS O CONVITE PARA O PRÓXIMO SARAUTERAPIA:
Será na 5ª feira, 21.09, das 18 às 21 horas, ao invés da 4ª feira, como é tradicional. Pedimos que avisem os seus contatos, evitando desencontros. Gratos!
Comemoraremos 13 anos de atividades ininterruptas, sempre no auditório do Conselho Regional de Odontologia do RN, promotor do evento, em parceria valiosa com a SPVA - Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN e apoio do Projeto Reviver.
Estão todos convidados! Serão muito bem-vindos, mediante o “pagamento do ingresso”:
UM ABRAÇO!
Rubens Barros de Azevedo
Coordenador Geral, em nome da
Sociedade Brasileira de 
Dentistas Escritores (SBDE)

Parabenizo o Sarauterapia pela sua persistência em manter viva a chama da poesia há 13 anos entre seus frequentadores sempre recebendo de braços abertos novas adesões toda primeira e terceira quarta-feira de cada mês.
É um enorme prazer participar de suas atividades por onde desfilam grandes talentos literários, musicais e representantes das demais artes com primorosas apresentações inesquecíveis.
Desejo aos organizadores (CRO/RN; SPVA/RN; SBDE E PROJETO REVIVER) muito sucesso na continuidade dessa realização consagrada em nossa cidade Natal.
Dedico o poema de minha autoria a seguir ao Sarauterapia, que comemora o início de suas atividades em nosso solo com a chegada da Primavera.


Sopro da Primavera



Jania Souza


Outra vez é primavera. Não vejo.
O desengano fez-me fechar a porta
do jardim que habita em mim.

Mas, teimosas magnólias, acácias, camélias
escalam as muralhas da minha agonizante nau
só para me lembrar o sol a sorrir-me, feliz.

Ao tentar ignorá-lo, percebo (...)
por entre véus de colibris, minha alma irrequieta
bulindo voluptuosa em meu centro esférico.

Sou casa dos fantasmas viventes de outras eras.

Meu fogo suplanta inquestionável
todos meus entes perdidos.

Implacável, o relógio, na marcação
do seu monótono e incansável passo
não desculpa qualquer atraso.

As pétalas nas asas do orvalho
farejam o cheiro sutil do orgasmo
que se apodera de todos os recantos da terra.

Sinto a meiguice traiçoeira furtar inadvertidamente
a rosa vermelha ardente do meu sedutor peito
a espraiar-se desnuda, voraz, no silvo arquejante da areia
envolvendo-me num cio embriagador de mil suspiros.

Sou Carmem, sou sereia, sou libélula esfomeada de amor
em gozo na vela do destino - carrasco indomável
insaciável, dos meus pecaminosos desejos adormecidos
que, inexplicavelmente, perpetuam a vida.

Ah! Realmente, outra vez é primavera
e o seu morno sopro varre as terras altas
e os baixios do hemisfério
e num gorjeio sacro santo amantes ciciam poesias
entre as urbanas flores campesinas.




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